Para meu irmão Nilo
Nilo, meu irmão que mora longe, me ligou no meu niver, no dia 5 de setembro. Eu estava junto de amigos maravilhosos em Teresópolis, lá na serra. Poucas pessoas podem saber a razão de certos amigos estarem lá. Foi o que eu escolhi para ser o dia de meus 52 anos de idade.
Fora outras pessoas que amo, eu recebi a ligação de meu irmão que mora hoje na Inglaterra - coisa tão impessoal e tão fora da minha realidade... Fomos um tanto frios e não dissemos um ao outro muita coisa, pois os anos nos mascaram - a vida nos mascara!
Um dia, lá na feira da Praça XV, quando eu fazia uma cobertura sobre o restaurante Albamar, ao lado, na feira de antiguidades embaixo do viaduto, eu vi estes carrinhos e parei! Eu tinha que parar! Eu senti saudade dos carrinhos que eu roubava de meu irmão. Eu os comprava e dava de presente para ele, mas bem que eu queria brincar com eles, uma vez que eu era adolescente e ele, uma criança. Tínhamos quatro anos de diferença na idade, mas na época causava uma baita distância.
Lembro de um dia ter escrito para ele que eu percebia cabelos no rosto dele e que ele virava um homem. A carta que eu escrevi foi totalmente ignorada, uma vez que eu ouvi dele que não estava a fim de lê-la. Eu era uma mocinha e ele, uma criança ainda...
O tempo passou e muita coisa aconteceu - muita coisa ruim, inclusive - e eu sempre tive vontade de voltar ao tempo, no dia em que eu brincava com os carrinhos dele, que estão aqui, alguns deles.
No dia em que meu irmão ligou, eu tive a mesma vontade da adolescência: de dizer pra ele que ele mudou. Só que agora, de menino para um senhor...
Nada falamos sobre isso...
Nilo, meu irmão que mora longe, me ligou no meu niver, no dia 5 de setembro. Eu estava junto de amigos maravilhosos em Teresópolis, lá na serra. Poucas pessoas podem saber a razão de certos amigos estarem lá. Foi o que eu escolhi para ser o dia de meus 52 anos de idade.
Fora outras pessoas que amo, eu recebi a ligação de meu irmão que mora hoje na Inglaterra - coisa tão impessoal e tão fora da minha realidade... Fomos um tanto frios e não dissemos um ao outro muita coisa, pois os anos nos mascaram - a vida nos mascara!
Um dia, lá na feira da Praça XV, quando eu fazia uma cobertura sobre o restaurante Albamar, ao lado, na feira de antiguidades embaixo do viaduto, eu vi estes carrinhos e parei! Eu tinha que parar! Eu senti saudade dos carrinhos que eu roubava de meu irmão. Eu os comprava e dava de presente para ele, mas bem que eu queria brincar com eles, uma vez que eu era adolescente e ele, uma criança. Tínhamos quatro anos de diferença na idade, mas na época causava uma baita distância.
Lembro de um dia ter escrito para ele que eu percebia cabelos no rosto dele e que ele virava um homem. A carta que eu escrevi foi totalmente ignorada, uma vez que eu ouvi dele que não estava a fim de lê-la. Eu era uma mocinha e ele, uma criança ainda...
O tempo passou e muita coisa aconteceu - muita coisa ruim, inclusive - e eu sempre tive vontade de voltar ao tempo, no dia em que eu brincava com os carrinhos dele, que estão aqui, alguns deles.
No dia em que meu irmão ligou, eu tive a mesma vontade da adolescência: de dizer pra ele que ele mudou. Só que agora, de menino para um senhor...
Nada falamos sobre isso...