Puxar o tapete!?
Maria é vista como uma hipocondríaca por todos que a conhecem. Alguns a apelidaram de Maria das Dores outros Maria dos Remédios. A doença do momento é a tal de labirintite.
“Dona Maria o remédio melhora a labirintite, mas faz engordar”.
“Doutor, se melhora a minha atordoação eu tomo”!
“Nossa! Há quatro meses tomando o remédio engordei 30 quilos!”
Redonda; Maria não se cansava de descobrir novas dores. Seu marido um homem bondoso tinha na paciência uma das suas grandes virtudes.
Quarta-feira? Um dia da semana inútil!? Pois é, não é o começo, nem o meio e nem o fim! Foi neste dia inútil, que Maria cai no banheiro. Quebra a perna. Aderbal não a consegue levantar. Liga para o resgate. Maria chora de dor e de vergonha de precisar sair de casa no resgate.
Dois dias hospitalizada. A cirurgia acontece com sucesso.
Quarta-feira! Dia inútil!Pois é, oito dias após o tombo Maria recebe alta! Enfermeiras no quarto numa quarta-feira.
Uma das enfermeiras: “Mulher é um anjo, quando perde as asas têm vassoura.
“Não! Vassoura não... machuca!”
“Então, D. Maria, para você um tapete, uai!”
Teimosa não quis voltar para casa de resgate. Aderbal a coloca no carro com mais quatro enfermeiras. Em frente à casa o filho os espera. Os dois não conseguem carregá-la.
“Pai quem pode nos ajudar? Este quarteirão está na melhor idade!”
Como todo quarteirão sempre existe os curiosos! Um casal vizinho veio ver; o que acontece? Casal de aposentados legítimos portadores da terceira idade são pegos de surpresa para ajudar na remoção da doente.
Como carregar a operada para o interior da casa? Idéia!
Puxa, empurra, puxa, empurra... Maria é removida para o sofá da sala do sobrado sentada em um tapete.
Tapete!? Parece que já ouvi este papo de tapete!