Entre o crepúsculo e o amanhecer

Creio que desde 2008, que nós temos sido atormentados por essa onda de “vampiros”, mas o que será que a Sthephenie Meyer estava pensando quando resolveu escrever o seu primeiro livro intitulado twilling (crepúsculo)? Como diz a própria autora ela diz que em um belo dia ela teve um sonho e que nesse sonho ela teria sonhado com um vampiro que se apaixonava por uma humana. Nada mais original não acham? Será que a autora que agora está na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, não teria dormido enquanto assistiam a um desses filmezinhos tipo “caçador de vampiros”, mas o importante mesmo e que desde então nós temos tido que aturar uma série de novos livros sobre vampiros, filmes, séries etc.

Em fim, uma “epidemia vampiresca”, sem falar no aumento considerável de teses, monografias entre outros trabalhos acadêmicos que agora tem como principal tema o novo ramo da literatura, a literatura vampiresca. Estou falando sério, agora congressos de literatura e de língua que não possuem o tópico “literatura vampiresca” são tidos como antiquados e ainda por cima em algumas (muito poucas por sinal) universidades estuda-se esse tipo de literatura junto com clássicos da literatura mundial como Jane Austin, Virginia Woolf e Shakespeare. Esse último por sinal vem sendo muito citado nesses livros sobre naturais, para dar um exemplo disso no primeiro livro da saga Crepúsculo a personagem principal Bella tem que ler Macbeth, no segundo livro intitulado lua nova, Bella e o seu novo namoradinho pálido e bebedor de sangue Edward tem que fazer um trabalho sobre o amor impossível de Romeu e Julieta, irônico não acham? E por fim, no último livro da saga Amanhecer a personagem retoma novamente Shakespeare ao dizer que “o casamento é como um sonho de uma noite de verão”.

Já em outro consagrado livro vampiresco True Blood um personagem citando os seus vampiros preferidos diz que o seu vampiro preferido é Shakespeare, isso sem falar que em outro livro da mesma saga há uma encenação de Otelo, pelo visto os vampiros andam mesmo no pé de Shakespeare. Finalmente, não importa se você gosta ou não desse tipo de leitura, é sempre bom ler primeiro (nem que seja só um pouquinho) para depois sair falando, mas de qualquer forma divirta-se e mergulhe nessa onda vampiresca e tome cuidado com o pescoço!

Ranyane Melo
Enviado por Ranyane Melo em 10/10/2010
Código do texto: T2548450
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