Terminou em pizza
Vincent Benedicto
Prometi que não faria mais crônicas políticas, mas diante do cenário atual – que continua o mesmo – não me contive!
Segundo o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro um dos temas fundamentais da teoria democrática (Schumpeter, 1984; Dahl, 1989; Katz, 1997; Powell Jr., 2000; Kitschelt, 2000) é o processo pelo qual cidadãos controlam, por intermédio do voto, a atividade dos representantes. Na versão tradicional, chamada por Powell Jr. (2000) de "accountability model", as eleições seriam um momento privilegiado para punir ou recompensar os responsáveis pelo governo: bons governantes seriam reconduzidos ao poder, enquanto os ineficientes seriam afastados. Nos últimos anos, alguns estudiosos têm se dedicado a analisar o impacto de diferentes arranjos institucionais sobre a capacidade de controle dos representados sobre os representantes (Powell Jr., 2000; Strom, 2000).
Porém, como diria Murph, “para toda solução temos um novo problema” ou, “se alguma coisa pode dar errado, dará e chegará às últimas conseqüências” ou “tudo que começa bem acaba mal e tudo que começa mal acaba pior” e para finalizar entre tantas “toda vez que um incompetente se demite é substituído por alguém mais incompetente!” Acho que mesmo considerando Murph o óbvio do óbvio, ele sempre acerta.
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB e adversário político do Ali Babá e seus 40 ladrões, até tentou dar uma de boxeador, mas não acertou um nocaute. Mesmo assim conseguiu impedir a vitória do Papa da corrupção no primeiro turno. Quem sabe as orações da Opus Dei – Instituição que ele pertence e faz questão de negar – possam fazer um milagre e colocá-lo na Presidência da Republica, para livrar a população desse incompetente corrupto que aí está.
Por outro lado, vemos que o cenário continuará o mesmo apenas com novos personagens.
Fernando Collor, o Senador mais votado do seu Estado, ocupará a vaga de Heloisa Helena, que derrotada diz que o seu PSOL não apoiará ninguém no segundo turno.
Paulo Maluf, inocentado pelo STF, foi eleito deputado federal e o mais votado do seu Estado e do Brasil! E ainda disse que o povo deu a resposta nas urnas! É mole?
Oito envolvidos com o mensalão foram eleitos:
João Paulo Cunha (PT-SP),
José Mentor (PT-SP),
Vadão Gomes (PP-SP),
Sandro Mabel (PL-GO),
Pedro Henry (PP-MT),
Paulo Rocha (PT-PA),
Valdemar da Costa Neto (PL-SP) e
José Genuino (PT-SP).
Cinco considerados “sanguessugas” foram reeleitos:
Wellington Roberto (PL-PB),
Marcondes Gadelha (PSB-PB),
Pedro Henry (PP-MT),
Wellington Fagundes (PL-MT) e
João Magalhães (PMDB-MG) e
Magno Malta com aquele jeitinho de bom menino, religioso, beato, teve seu nome envolvido, mas tem mais quatro anos de mandato.
Uma vez eu ouvi uma frase do General Figueiredo, ele dizia que esse país não tem memória. E não tem mesmo! Até o Senador Suplicy esqueceu os números dos seus candidatos na hora da votação.
Mas, tem gente nova no pedaço!
O estilista e polêmico Clodovil Hernandes – diga-se de passagem, que adoro suas polêmicas – conquistou 493.951 votos, terceira maior votação em São Paulo, foi eleito Deputado Federal e ainda reclamou! “Poderia ter conseguido mais se meu partido não fosse tão pobre. Não pude viajar pelo interior, não fiz palanque, não gastei um tostão em campanha. Os votos foram conquistados com o meu trabalho", contou em entrevista exclusiva.
Outro fenômeno, o cantor de forró Frank Aguiar desbancou o ex-governador de São Paulo a velha raposa Luiz Antonio Fleury Filho na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. O músico foi o segundo candidato mais votado do PTB e garantiu uma cadeira na Câmara com 144.701 votos
Tempos atrás escrevi uma crônica dizendo que a CPI acabaria em pizza e se não fosse a astúcia do nosso ex-parlamentar suicida, o cantor, tenor de botequim, Roberto Jefferson – que na maior cara de pau apareceu na telinha pedindo votos para a sua filha querida – nem o Zé Dirceu tinha perdido seu mandato.
Pelo menos, agora para os próximos quatro anos, a pizza terminará em festa, com o Collor fazendo acrobacias no seu Jet-sky, Maluf no piano, acompanhando Clodovil e Frank Aguiar com as loiras burras e gostosas (que eu adoro) rebolando na platéia.
Não é o máximo?
Vincent Benedicto
Prometi que não faria mais crônicas políticas, mas diante do cenário atual – que continua o mesmo – não me contive!
Segundo o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro um dos temas fundamentais da teoria democrática (Schumpeter, 1984; Dahl, 1989; Katz, 1997; Powell Jr., 2000; Kitschelt, 2000) é o processo pelo qual cidadãos controlam, por intermédio do voto, a atividade dos representantes. Na versão tradicional, chamada por Powell Jr. (2000) de "accountability model", as eleições seriam um momento privilegiado para punir ou recompensar os responsáveis pelo governo: bons governantes seriam reconduzidos ao poder, enquanto os ineficientes seriam afastados. Nos últimos anos, alguns estudiosos têm se dedicado a analisar o impacto de diferentes arranjos institucionais sobre a capacidade de controle dos representados sobre os representantes (Powell Jr., 2000; Strom, 2000).
Porém, como diria Murph, “para toda solução temos um novo problema” ou, “se alguma coisa pode dar errado, dará e chegará às últimas conseqüências” ou “tudo que começa bem acaba mal e tudo que começa mal acaba pior” e para finalizar entre tantas “toda vez que um incompetente se demite é substituído por alguém mais incompetente!” Acho que mesmo considerando Murph o óbvio do óbvio, ele sempre acerta.
Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB e adversário político do Ali Babá e seus 40 ladrões, até tentou dar uma de boxeador, mas não acertou um nocaute. Mesmo assim conseguiu impedir a vitória do Papa da corrupção no primeiro turno. Quem sabe as orações da Opus Dei – Instituição que ele pertence e faz questão de negar – possam fazer um milagre e colocá-lo na Presidência da Republica, para livrar a população desse incompetente corrupto que aí está.
Por outro lado, vemos que o cenário continuará o mesmo apenas com novos personagens.
Fernando Collor, o Senador mais votado do seu Estado, ocupará a vaga de Heloisa Helena, que derrotada diz que o seu PSOL não apoiará ninguém no segundo turno.
Paulo Maluf, inocentado pelo STF, foi eleito deputado federal e o mais votado do seu Estado e do Brasil! E ainda disse que o povo deu a resposta nas urnas! É mole?
Oito envolvidos com o mensalão foram eleitos:
João Paulo Cunha (PT-SP),
José Mentor (PT-SP),
Vadão Gomes (PP-SP),
Sandro Mabel (PL-GO),
Pedro Henry (PP-MT),
Paulo Rocha (PT-PA),
Valdemar da Costa Neto (PL-SP) e
José Genuino (PT-SP).
Cinco considerados “sanguessugas” foram reeleitos:
Wellington Roberto (PL-PB),
Marcondes Gadelha (PSB-PB),
Pedro Henry (PP-MT),
Wellington Fagundes (PL-MT) e
João Magalhães (PMDB-MG) e
Magno Malta com aquele jeitinho de bom menino, religioso, beato, teve seu nome envolvido, mas tem mais quatro anos de mandato.
Uma vez eu ouvi uma frase do General Figueiredo, ele dizia que esse país não tem memória. E não tem mesmo! Até o Senador Suplicy esqueceu os números dos seus candidatos na hora da votação.
Mas, tem gente nova no pedaço!
O estilista e polêmico Clodovil Hernandes – diga-se de passagem, que adoro suas polêmicas – conquistou 493.951 votos, terceira maior votação em São Paulo, foi eleito Deputado Federal e ainda reclamou! “Poderia ter conseguido mais se meu partido não fosse tão pobre. Não pude viajar pelo interior, não fiz palanque, não gastei um tostão em campanha. Os votos foram conquistados com o meu trabalho", contou em entrevista exclusiva.
Outro fenômeno, o cantor de forró Frank Aguiar desbancou o ex-governador de São Paulo a velha raposa Luiz Antonio Fleury Filho na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. O músico foi o segundo candidato mais votado do PTB e garantiu uma cadeira na Câmara com 144.701 votos
Tempos atrás escrevi uma crônica dizendo que a CPI acabaria em pizza e se não fosse a astúcia do nosso ex-parlamentar suicida, o cantor, tenor de botequim, Roberto Jefferson – que na maior cara de pau apareceu na telinha pedindo votos para a sua filha querida – nem o Zé Dirceu tinha perdido seu mandato.
Pelo menos, agora para os próximos quatro anos, a pizza terminará em festa, com o Collor fazendo acrobacias no seu Jet-sky, Maluf no piano, acompanhando Clodovil e Frank Aguiar com as loiras burras e gostosas (que eu adoro) rebolando na platéia.
Não é o máximo?