No segundo turno, tiriricar é proibido, fere a Democracia!

Eu não tenho dúvidas de que neste pleito eleitoral de 2010 houve uma boa oxigenação de nossa Democracia. Os fatos por si só dizem disso, confirmam o que pensamos. Foi-nos mais um aprendizado. Valeu à pena!Não representou uma vigorosa mudança de rumos e estratégias, mas, sem dúvidas, foi melhor do que o pleito passado.

O que eu desejava mesmo saber era se esse teatro todo que assistimos diante dos discursos agitados dos candidatos, principalmente dos candidatos à Presidência da República, vocaliza os anseios da direita ou da esquerda? Foi necessário fazê-lo nos moldes que foram feitos? Uns candidatos foram preparados para o sorriso falso, outros para a tolerância exacerbada frente ás provocações, etc. De maneira que o eleitor nunca sabe como seria a reação normal, espontânea dessas personagens todas.

O importante mesmo é que a Democracia brasileira, apesar de jovem, cresce e amadurece a cada pleito eleitoral que assistimos e participamos. Do outro lado de tudo isso, esteve e ainda está o joio político, o que nos envergonha, o chamado “Titririquismo político-eleitoreiro”, o que é uma pena. A censura à imprensa, o tiririquismo, etc, foram e são o joio do pleito. Nos trigais maduros de alguns discursos, a permissividade doentia da Justiça Eleitoral em permitir a um palhaço pornográfico, viciado no espalhafatoso das mídias nos programas de televisão, concorrer a um cargo eletivo de Deputado Federal pelo Estado mais importante do Brasil. Isso jamais poderia ter acontecido.

É absolutamente necessário que essa mesma Justiça Eleitoral vele pela higidez do sistema eleitoral brasileiro, coibindo esses equívocos insuportáveis de permitir que os inelegíveis pela própria natureza não se candidatem e assim, por tabela,compliquem o bom entendimento do eleitor cidadão. O palhaço Tiririca não ppoderia ser candidato em nenhuma Democracia seria mundo afora! Até como palhaço ele está ultrapassado, dada a exibição pessoal de forma pornográfica que o mesmo costuma apresentar-se

Assisti também, de forma triste, alguns políticos festejarem publicamente, interesses políticos da indesejada Teocracia iraniana, pensando com isso que estariam contribuindo com alguma coisa seria e prestável. Vimos carnaval demais misturado aos reais interesses da Democracia brasileira.

Estamos indo para as campanhas do segundo turno. Não nos esqueçamos dos episódios recentes que mexeram com a Democracia em nosso país:Quebra de sigilo e pessoas inocentes com esse joio eleitoral, na Receita Federal, o escândalo na Casa Civil, as restrições à liberdade de imprensa, os fichas limpas/sujas e o desempenho do Tribunal de Justiça em Brasília,os episódios de corrupção,as prisões de políticos acostumados com a malversação do dinheiro público. Não poderemos fechar os olhos, Continuemos bastante vigilantes. Democracia deve ser regada no cotidiano com todos os atos de cidadania.

Candidatus do latim é aquele que veste roupa branca. Em Roma antiga os postulantes a um cargo público usavam uma toga branca e essa brancura queria representar mesmo a pureza do candidato, sua ética, etc. De que cor estaríamos vendo nossos candidatos? Nossa Democracia, sabemos nós, é multicolorida, alegre, festiva, porém, ainda jovial demais para deixarmos de vê-la pecando. Cabe-nos o seu aperfeiçoamento contínuo para não vermos mais os candidatos de togas não brancas, tipo o palhaço Tiririca, festejando os votos de protesto, desinteressantes, ou como dizem outros, resultado de conchavos políticos pouco imagináveis.

Preparemo-nos, portanto, com a responsabilidade de votar zelando por nossa Democracia que, apesar de jovem,muito promete ao país. Tiriricar no segundo turno não é perdoável.Vamos escolher os melhores,mais sérios, de comportamento ilibado.