BAILE À FANTASIA
Uns tem medo da hegemonia, outros da social democracia, ainda existem os que têm medo dos ismos (comunismo, fascismos, nazismo, liberalismo, islamismo, etc). Mas do que todos descuidam é o pior bicho papão moderno: os negociantes travestidos de políticos.
Já comento isto há muito tempo – o Brasil se tornou um país alternativo – para o bem e para o mal. Não há fator preponderante para que isso ocorra, há somente um entendimento de que onde é bom pra se viver, também é, pra se investir. Isto determina a quantidade de olhos voltados para o país da Amazônia, por exemplo, ou da cana-de-açucar, outro exemplo.
Seremos então colônia dos investidores menos afeitos a monumentos? Os dos capitais oscilantes, ou dos que querem uma cobaia para modelar novos mercados, ou novos sistemas políticos?
É sob outra perspectiva que devemos escolher nosso governante: a que está por trás de qualquer discurso que fala de políticas sociais e desenvolvimento com cara de crescimento.
Temos um Estado do país que tem os melhores índices de dignidade humana, ao mesmo tempo é um dos que mais permite especulações políticas e econômicas. Temos movimentos sociais que são referência para o resto do planeta, porém estes estão longe de alcançar seus objetivos teoricamente divulgados.
Votar é uma forma de tentar garantir que nossa pátria não seja explorada. Mas tenhamos muito cuidado, pois enquanto nos preocupamos em resolver questões locais, outros estão nos tomando de assalto nosso direito à propriedade – tanto a territorial e patrimonial, quanto aquela que nos faz ter idéias práticas, resolutivas ou criativas.