O menino que se encontrou com Deus.

Em algum lugar do mundo que não teria tanta importância em dizer onde, havia um jovem, pertencia a uma família boa de classe média, vivia com conforto, possuía amigos de todos os tipos, inteligente e por vai, você entendem todo o resto, mas no coração desse jovem lhe faltava algo. Durante alguns dias se questionava sobre o sentido da vida, de onde ele veio, pra onde vai, qual a porta de entrada e qual a porta de saída, e quem colocava essa maquina pra funcionar.

Procurou em algumas religiões as respostas quanto as suas dúvidas, e decidiu depois de tudo isso, se dar a oportunidade de se encontrar com Deus. Pelo que encontrou na bíblia, pelos conselhos que recebeu e por existir em seu coração a necessidade de ajudar, resolveu sair por aí, ao encontro de Deus, com a certeza de que o encontraria. Colocou na sua mochila alguns pães, o suco especial que sua mãe fazia desde quando ele era pequeno e saiu.

Passando por uma praça depois de tanto andar resolver se sentar um pouco, a noite já anunciava a sua chegada e ele reconhecia que era hora de voltar para casa. Enquanto estava sentado viu um homem do outro lado da rua mexendo no lixo, viu que esse homem procurava algo, resolveu se aproximar e perguntou o que ele procurava, o homem não lhe respondeu, vendo a fisionomia daquele homem, pegou tudo o que tinha na mochila e entregou para ele, o homem sem dizer nada lhe deu um sorriso desses que enchem a nossa alma, como o ultimo suspiro de um jogador numa partida de futebol que o faz ter força para correr o campo inteiro em busca do gol, era essa a sensação dele, de se encher de algo, deu um sorriso de volta e foi embora.

Chegou em casa com a felicidade que não pode ser descrita, se aproximou da mãe e disse ter encontrado com Deus, que Deus era bem diferente do que ele pensava, não tinha barba, não tinha vestes bonitas, era um andarilho que procurava algo para comer e que a comprovação de que era mesmo Deus foi o sorriso que ele recebeu de Deus, permitindo a ele encontrar uma felicidade tão grande.

Sabe aquele homem que procurava algo no lixo?

Ele também tinha uma casa, tinha família, uma casa bem mais simples e uma família tão boa quanto a do jovem que o encontrou, ele chegou em casa e choro ainda vinha de dentro, sua esposa ainda chorava, ele chegou, colocou algo sobre a mesa e pôs se a chorar, se dirigiu a esposa e disse: Eu não disse que encontraria com Deus e ele me daria o que comer para todos nós, Deus é bem diferente do que eu pensei, é bem mais novo, não tem barba, não tem aquelas roupas dos tempos de antigamente. E sabe como descobri que era Deus? Ele se aproximou e perguntou o que eu procurava, eu pensei comigo, já que você é Deus, você sabe do que eu preciso, então me dê, Deus sem dizer mais nada me deu esses pães e esse suco me deu um sorriso e foi embora, o engraçado é que Deus estava de calça jeans, de tênis, de mochila, pensei a minha vida inteira que Ele fosse diferente.

Diante do mundo de hoje, da dor, de tanta perda, de tanta falta, de tanta sobra de ira, de raiva, de hostilidade de tanto e tanto. É preciso que se faça a escolha de poder deixar Deus ser Deus, de deixar com que Ele seja Eu, e que eu permita pela minha vida, pela minha história que as pessoas conheçam a Deus, não por Eu ser bom, não por eu ser amor, não por eu estar presente em todos os lugares, não por eu ser poderoso, mas porque Deus é assim e se eu permitir que Deus aja em mim, serei eu também bom, amor, omnipresente e tudo mais, só é preciso permitir.

Permita-se a si e permita-se a Deus

Gabriel Antunes Ferreira
Enviado por Gabriel Antunes Ferreira em 06/10/2010
Reeditado em 14/03/2011
Código do texto: T2541082
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