IÇANDO VELAS ( BVIW)
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Conheci Dona Herundina quando mudamos para o nosso atual condomínio em 1980.De beleza clássica, elegantísima, era casada com um italiano.Ficou viúva no final da década. Por muito tempo, viveu o seu luto, com roupas pretas.Lá por meados da década de 90, percebi mudanças em seu comportamento. Estava sempre muito bem produzida, roupas elegantes e bem maquiada. Curiosa, uma tarde perguntei-lhe a que se devia a mudança.Ela respondeu que decidira viver novamente e nas segundas, quartas e sextas-feiras ia aos bailes da terceira idade.Logo depois meu marido disse que a vira em um restaurante, acompanhada de um cavalheiro. Não demorou muito e os dois casaram-se.Vivem até hoje em plena felicidade. Ela me diz que uma das coisas que mais gosta, é passear na praia em noites de luar com o marido. Gosto de Dona Herundina.Ela é positiva, está sempre envolvida em algum projeto pessoal. Já deve estar com uns setenta e cinco anos, continua bonita, é desses tipos de beleza que nunca perdem o brilho.Ainda vai nos bailes de terceira idade e me parece que sempre está de bem com a vida.Conversando com uma amiga sobre essa maneira de olhar o mundo ela disse: chamo isso de amor pela vida.,. Se não for assim, a alegria paga pedágio, vai embora e nós ficamos parados no acostamento da vida, esperando o que? Que alguém se responsabilize pelo nosso ser feliz? È preciso içar velas, enfrentar vento e ventanias. E ser feliz por nossa conta e risco.E para isso, idade não faz diferença.
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Conheci Dona Herundina quando mudamos para o nosso atual condomínio em 1980.De beleza clássica, elegantísima, era casada com um italiano.Ficou viúva no final da década. Por muito tempo, viveu o seu luto, com roupas pretas.Lá por meados da década de 90, percebi mudanças em seu comportamento. Estava sempre muito bem produzida, roupas elegantes e bem maquiada. Curiosa, uma tarde perguntei-lhe a que se devia a mudança.Ela respondeu que decidira viver novamente e nas segundas, quartas e sextas-feiras ia aos bailes da terceira idade.Logo depois meu marido disse que a vira em um restaurante, acompanhada de um cavalheiro. Não demorou muito e os dois casaram-se.Vivem até hoje em plena felicidade. Ela me diz que uma das coisas que mais gosta, é passear na praia em noites de luar com o marido. Gosto de Dona Herundina.Ela é positiva, está sempre envolvida em algum projeto pessoal. Já deve estar com uns setenta e cinco anos, continua bonita, é desses tipos de beleza que nunca perdem o brilho.Ainda vai nos bailes de terceira idade e me parece que sempre está de bem com a vida.Conversando com uma amiga sobre essa maneira de olhar o mundo ela disse: chamo isso de amor pela vida.,. Se não for assim, a alegria paga pedágio, vai embora e nós ficamos parados no acostamento da vida, esperando o que? Que alguém se responsabilize pelo nosso ser feliz? È preciso içar velas, enfrentar vento e ventanias. E ser feliz por nossa conta e risco.E para isso, idade não faz diferença.