SONHO DE UMA FILHA BRASILEIRA...(O PAÍS QUE EU MEREÇO)
Foi dormir ainda mulher feita, mas a pureza dos sonhos fez dela outra vez menina. A mãe quis acordá-la, no entanto desistiu. Não teve coragem de desfazer a expressão serena que há muito não via no rosto da filha. Tinha em sua face aquela leveza que os problemas e as preocupações vão levando de nós com o passar dos anos. Que sonho estaria vivendo? Qual desejo realizava dormindo? A mãe tentava decifrar o segredo da alegria pueril em sua filha adormecida.
E lá em na mente, onde ninguém podia penetrar, a mulher vivia uma fantasia que desejava viver em seu mundo real.
“Via o país ressurgindo. O ar de novidade pairava ao seu redor. Um cheiro bom de coisas limpas prenunciavam o que estaria por acontecer. A nova liderança do país finalmente tomara a decisão ousada e inusitada. De imediato iria reformular a Carta Magma do país em sua totalidade. Limparia toda sujeira acumulada debaixo dos tapetes da omissão. Tiraria erros mofados de dentro dos bolsos e das mentes dos maus políticos anos e anos sem punição.
Ninguém seria mais beneficiado em nada. Todo aquele que almejasse ingressar na vida política do país precisaria ter as mãos, a consciência o passado e o presente limpos. Ninguém mais haveria fazer o povo de idiota!
Para que houvesse mudança no país, antes porém, houve mudança no comportamento dos cidadãos. Quem não quer país comandado por desonestos precisa primeiro ter hombridade. Portanto, cada cidadão comprometeu-se em avaliar seus comportamentos e atitudes. Não pode criticar quem também tem as mãos sujas. A limpeza de um país começa dentro de nossa casa onde todos devem procurar conservar a boa índole. Custe o que custar.
Em toda esfera nacional haveria mudanças! A primeira decisão a ser tomada foi a retirada dos pedágios. Não era justo pagar impostos e pedágios. Era para isso que os impostos eram cobrados, para manutenção das estradas!
Houve ainda a redução da maioridade penal para os 16 anos. A liderança do país entendeu, conjuntamente com o Congresso Nacional que tal atitude frearia a violência. O que de fato aconteceu. Uma vez que os jovens temendo a prisão, procuraram mudar o modo como estavam vivendo. E a sociedade apoiava cada jovem dando-lhes oportunidade de trabalhar e vencer dignamente. Governantes e sociedade trabalhavam juntos para manter a cidade dos sonhos, livre de perigos e ociosidade. Jovem em sala de aula é bandido a menos nas ruas.
Consequentemente houve considerável baixa na criminalidade no país. As ruas antes vazias e perigosas deram lugar a aglomeração. Podia-se ouvir risadas e ver gente curtindo a vida como deve ser. Não havia medo nos rostos. Não havia mais insegurança nas praças. Policiais eram símbolos de paz e amizade. Ninguém mais os temia, pois sabiam que honravam seus uniformes e distintivos. E estavam nas ruas para garantir ao cidadão de bem sua integridade física e mental. Era bonito de se viver na cidade, era orgulho morar no país. Era bom viver tranquilamente.
O país seguida dando certo porque os políticos deixaram de pensar exclusivamente em seus próprios interesses. Acordaram para as necessidades do povo! Em pouco tempo descobriram que não era necessário muito para melhorar hospitais, escolas, estradas, segurança, transportes, distribuição de água e luz. Bastou apenas que cada representante do povo fizesse um pouco para beneficiar muitas pessoas.
Isso tudo só foi possível porque governantes valeram-se de coisas simples, mas que estavam esquecidas pela ganância do mundo moderno. De posse de ética e civismo. Valores esses que aperfeiçoam índoles e inibem atitudes indignas.”
Mas a Helena despertou do sonho... A realidade era distinta de tudo que viu adormecida. E desejou dormir novamente, bem sabia que era impossível fugir dos compromissos. Viu as horas, espiou o Sol brilhante pela janela e o aroma das flores invadindo o quarto anunciavam belo e novo dia de primavera. Helena sorriu e disse para si com entusiasmo:
- Ainda é tempo de construir o país que sonhei!!! Basta que eu lute por ele e fazer com que se realize meu desejo! Ainda dá tempo, ainda dá tempo! – Animada, cantarolando foi para o banho com gosto bom e otimista em ver mudanças.
Para que esse país aconteça, depende da atitude da Helena, de mim e de você. Pense nisso!rs
Um conto crônico...rs