CRÔNICA – Segundo Turno! – Blog de 03.10.2010

 

            O que vamos relatar aqui ocorreu numa seção eleitoral no Distrito de Gaibu, cidade do Cabo de Santo Agostinho, no grande Recife.

            Um cidadão de idade, com preferência de votação, portanto, prevenido como ele só, entregou ao mesário dois documentos: A carteira de motorista e o título de eleitor. Examinando rapidamente as duas peças, de logo devolveu aquilo que antigamente era um orgulho para qualquer cidadão brasileiro, qual seja o pertinente título.

            Essa atitude, correta, diante do que instruiu o TSE, em face de decisão equivocada do Supremo Tribunal Federal, dá um ponto final nessa história de título eleitoral, eis que prefere reconhecer, entre o motorista e o cidadão eleitor, o primeiro deles, mesmo que esteja com a ficha suja no Departamento de Trânsito, cheio de multas e processos naquela esfera.

            Aliás, bom que se diga nem o próprio pai dos burros, o mestre Aurélio, em seu dicionário (pelo menos no “on line” do meu PC) faz qualquer referência no verbete “título” ao de eleitor, tudo indicando que já previa que esse documento de nada iria valer no futuro.

            Pois bem, na hora da assinatura, o citado senhor quase toma o espaço dedicado à próxima votação, no que a mocinha lhe dissera: “Olhe, onde é que o senhor vai assinar no segundo turno, só resta esse pedacinho aqui”. -- Segundo turno, perguntara? -- Sim senhor vai ter segundo turno. Daí o chefe da seção, que se achava por trás dos mesários, um xeleléu de primeira qualidade, falou: “De jeito nenhum, essa já está ganha”. O cidadão ficou calado, votou e saiu em dúvida sobre as pesquisas que davam à doutora Dilma percentual que a faria ganhar logo na primeira votação.

            Quando se aproximava da saída, pôde constatar que na fila se encontrava uma garota, aparentando 13/14 anos, ou quem sabe ainda tinha idade de fazer xixi na cama. Isso ele observara porque falou ser pai de oito filhos e de ter doze netos, portanto um conhecedor da matéria. Daí nova dúvida surgiu-lhe na mente: Como é que uma menininha dessas pode votar e não pode ser responsabilizada por algum crime que venha a cometer; que a responsabilidade penal, criminal não atinja quem já pode escolher até mesmo o presidente da república! É como perder a virgindade eleitoral para votar em verdadeiros cafajestes que se estendem por este país afora.

            Pois é isso mesmo meu amigo, este é o Brasil comandado por analfabetos de pai e mãe, que têm às mãos tudo o que é nosso, até mesmo os segredos, bem arquivados nos corredores da lama que apodrece os antecedentes dos coitados brasileiros que se mostrem contra o sistema. E, se por acaso, um dia eles saírem do governo, levarão consigo esse arquivo, todavia rasgados os que deles havia em épocas remotas.

 

Fico por aqui.

Em revisão.

São 10h22min horas.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 03/10/2010
Reeditado em 03/10/2010
Código do texto: T2535174
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