O ano em que eu lavei a burra
O “ano Mozart”
Perdoem o cabotinismo, mas considero 2010 o “ano Mozart”. Foi o ano em que saíram projetos durante muito tempo guardados na gaveta. Com vaga para “encaçapar” mais coisas até o final do ano, que estou com toda gota serena procurando apoiadores para produção de um livro e CD do poeta Manoel Xudu e montagem da peça “O banquete final”.
Começou com a instalação do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, uma espécie de usina de sonhos e artes na cidade de Itabaiana. Além do lançamento de uma música minha e do poeta Hugo Tavares em CD do Sesc, estou produzindo e apresentando o programa “Resenha Cultural” na Rádio Comunitária Rainha, lancei os livros “Biu Pacatuba – um herói de nosso tempo” e “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, e já programando para novembro um ato público para dar a conhecer aos amigos o meu livro “A voz de Itabaiana e outras vozes”.
O pacote de produções com a marca “Mozart” contém ainda dois documentários, em fase de produção: “Feminino Plural” e “A lista de Irene”. Para fechar o ano “Mozart”, em dezembro voarei para a belíssima cidade de Belém do Pará, onde participo do encontro nacional da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, aproveitando para lançar meu livro “Democracia no ar”.
Que a Deusa da Humildade me livre do estrelismo e autolouvação mal disfarçada, mas aqui pra nós: o velho Fabinho está mais ativo do que o vulcão Kilauea, que fica na maior ilha do arquipélago do Havaí e está lançando lava há 25 anos. Perdoem minha insistência, mas parar é morrer. Antes que o “alemão” me pegue ou a dona “Caetana” me enlace com suas garras eternas, vou gastando meus olhos e neurônios na efetivação de ideias, “umas em cheio e outras em vão”, conforme diziam os mais antigos.
Algumas certezas eu tenho, porque quem não cessa de produzir é porque ainda alimenta alguma crença. Não tenho fé em Deus (gostaria de ter) nem em nenhuma outra entidade do campo sobrenatural, aí incluídos Papai Noel, mula-sem-cabeça e político bem intencionado. Acredito no homem como redentor de si mesmo. Por isso sigo em frente nesse mundinho triste, pobre e infeliz. Pesa no prato da balança essa minha confiança de que somos entes superiores e que nascemos “para brilhar e não pra passar fome”, conforme a letra da canção do Caetano. “Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo”, enunciava Mahatma Gandhi, meu guru.
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