SERMÃO DIFERENTE - NOSSA SENHORA APARECIDA - DOIS CONTOS DE FÉ E MILAGRE

UM SERMÃO DIFERENTE

Caros irmãos e irmãs, neste mês de outubro, mas precisamente no dia doze, estaremos comemorando mais um dia dedicado à Nossa Padroeira do Brasil, A Nossa Imaculada Conceição, Nossa Senhora Aparecida. A Nossa Senhora Aparecida é a principal responsável pela maior romaria religiosa realizada no Brasil, principalmente nos meses de maio, setembro, outubro e dezembro ( as festas da santa realizam-se nos dias 7 e 8 de setembro, 12 de outubro e 8 de dezembro

A imagem de terracota, medindo 42 cm de altura, foi retirada do Rio Paraíba por pescadores, no local denominado porto de Itaguaçú, em 1917. Conservada por um dos pescadores por cerca de 15 anos, logo começou a ser venerada como milagrosa. A igreja, erguida no local em 1852, foi elevada a basílica pelo Papa Pio X em 1909. .Em 16 de julho de 1930, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. Em 1958, Pio XII criou a Arquidiocese de Aparecida.

Caros irmão e irmãs, muitos milagres são atribuídos à nossa Padroeira desde então, e podemos ver através dos milhares de relatos de pessoa que foram agraciadas pelos seus milagres, e não há como refutarmos os testemunhos dados por cada uma delas, pois sempre vemos sinceridades e verdades em seus olhos e em seus corações. Hoje irei iniciar o meu sermão de uma maneira completamente diferente do meu habitual. Exordialmente, contarei uma história real de um milagre de fé, presenciado por mim, ainda quando era criança no interior da Bahia. Depois contarei uma história fictícia com personagens e enredo, fictícios, mas, o mais importante, é a mensagem verdadeira de fé e milagre, baseada em muitos relatos que eu ouvi durante quase toda a minha vida.

FÉ E MILAGRE

O ano é 1970, bem no mês de janeiro. A cidade é Santa Maria da Vitória, interior da Bahia. A Rua é Rui Barbosa. A casa onde presenciei o fato fica do outro lado da rua, oposta à casa onde moro . A dona da casa chama-se dona Ingrácia. O movimento neste final de tarde e início de noite é bastante, com um entra e sai danado de pessoas entre adultos e crianças. Curioso, atravesso a rua e adentro à casa da Dona Ingrácia para saber do que estava ocorrendo e assim matar a curiosidade. Vejo na sala uma cama improvisada do lado esquerdo de quem entra junto à parede e, deitada na cama, com bebês gêmeos, uma senhora bastante abatida, acompanhada do Padre Salvador que fora solicitado para dar a extrema unção, pois, após efetuar o parto, os médicos disseram que não poderiam fazer mais por ela. O parto foi muito difícil, mas a garantia de mantê-la viva já não dependia mais deles e nem da medicina,por isso foi enviada de volta para casa. Nós, a criançada e os adultos sempre estamos olhando esta senhora, supostamente moribunda, com o sentimento de muita pena dela, do marido e das crianças recém-nascidas, que podem ficar órfãs de mãe a qualquer momento e no futuro quem sabe, ganhar uma madrasta sabe lá Deus como será!

O Padre Salvador,com sua batina preta e surrada, está sempre rezando o terço, rogando por Cristo e por Nossa Senhora Aparecida para curá-la. Vez ou outra pede para o marido dela introduzir na boca daquela senhora,comprimidos e água.Em nenhum momento ele para de rezar e de rogar a Deus,por Jesus e Nossa Senhora. Para melhor segurança da enferma, somos convidados a sairmos da casa para melhor recuperação da supostamente moribunda e também, para que a família tenha um momento de privacidade. A partir deste instante, ao sair da casa da dona Ingrácia, eu não soube mais nada a respeito da senhora enferma.

Algumas semanas se passam depois daquela tarde e noite na casa da dona Ingrácia. Hoje está fazendo um lindo dia de sol; e, é dia de sábado, dia de feira em Santa Maria da Vitória. Estou passeando pela beira do rio, já próximo do tamarindeiro e quando olho para o ajoujo ancorando no porto, o que vejo? A senhora dos bebês que estava quase à beira da morte, descendo da embarcação acompanhada do marido, carregando mantimentos para vender na feira. ” Que maravilha! Ela não morreu! Graças a Deus ela está viva!”

Fim

Queridos irmãos e irmãs, naquela época eu ainda não tinha noção do significado da palavra milagre e do milagre propriamente dito, a não ser pelos processados por Cristo, exarados nos evangelhos há quase dois mil anos atrás; hoje o simbolismo da palavra fé e a palavra milagre, tem um contexto mais universal, mais cósmico, pois sem fé não se chega a nenhures. E nós precisamos muito de fé para que os milagres, tanto os divinos quanto aqueles que dependem unicamente de nós, para que sejam consolidados; agora narrarei o conto que escrevi que trará uma mensagem muito linda de fé e milagre a todos vocês.

UM CONTO DE FÉ E MILAGRE

1980, ano em que o Papa João Paulo II veio ao Brasil pela primeira vez. Esta história tem início na cidade de São Paulo, no Colégio Educandário da Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, pertencente ao Convento da Irmandade Nossa Senhora Aparecida e da Paróquia do mesmo nome. A Irmã Glécia é a Madre Superiora do convento e a diretora do Educandário. Uma pessoa muito generosa, severa quando necessário, mas muito humanitária e comanda o Educandário de maneira muito pedagógica quando se trata da educação dos alunos e no convento, da mesma maneira no que tange à religiosidade das freiras e noviças.

Dentre os muitos professores e voluntários que ajudam no educandário, está o padre Hermes, cidadão de Bom Jesus da Lapa que, desde o tempo de criança, sempre almejou seguir a carreira de padre, pois, acompanhando as romarias do Bom Jesus e os romeiros, às missas campais e na Igreja da gruta, abraçou a carreira de sacerdote com muito amor e dedicação e, já laborava tanto na Paróquia quanto no Educandário a mais de dez anos auxiliando as freiras educadoras.

Terássia é o nome dela. Uma noviça de quase dezoito anos, talvez uma das mais dedicadas no trabalho com as crianças do Educandário. Sua cor branca, cabelos loiros, olhos misturados com o verde e azul indefinidamente, e o seu jeito de sempre jogar as tranças dos cabelos sempre para o lado esquerdo do pescoço, o sorriso de fada e a voz cheia de meiguice faz desta noviça uma das pessoas mais queridas desta Instituição religiosa.

Bidinho, na verdade, Jose Alcebíades, irmão de Terássia, oito anos mais novo que ela, é um garoto adorável e cheio de vida, e tem a mania de fazer massagens nos dedões dos pés das irmãs freiras, para tirar o estresse. É o líder de toda a criançada e muito amado por todos, pelo seu espírito de liderança e solidariedade.

A Irmã Glécia, sem ter muito o que fazer nos próximos minutos até a hora do recreio, solicita a presença do padre Hermes à sua sala e ele a atende prontamente,pois pedido da irmã é uma ordem expressa!

- Bom dia irmã, cumprimenta adentrando à sala.- Bom dia Padre; sente-se por favor! – responde irmã Glécia. Padre Hermes senta-se em frente à irmã Glécia. – Alguma coisa em especial, irmã? Pergunta.

- Não padre; apenas um bate papo para passarmos o tempo e colocarmos as memórias em dia. Na verdade gostaria de falar sobre a Terássia e o Bidinho. Uma vez você havia me perguntado como foi que eles chegaram até o Educandário. Pois é chegada a hora de você conhecer a história dos dois.É uma história muito bonita.

- Ficarei muito feliz irmã Glécia em saber a real história dos dois. Mas não estou entendendo o porquê desta honra para com a minha pessoa! Padre Hermes argumenta.

É porque foi a partir da sua chegada ao nosso Educandário, que as coisas começaram a caminhar melhor por aqui. A sua ajuda com as crianças e com as campanhas nos levaram a um crescimento nunca antes imaginado, por isso, hoje eu senti uma vontade enorme de lhe contar a pequena biografia desses dois símbolos da nossa entidade educacional e religiosa, completou.

O padre Hermes, feliz da vida pela consideração da irmã Glécia, pega em suas mãos e as segurando com força e as beija. – Obrigado irmã você é como uma segunda mãe para mim, desde a primeira vez quando aqui cheguei vindo de Bom Jesus da Lapa, uma paróquia do interior da Bahia, para enfrentar o desafio de ser ministro de Deus nesta cidade louca de São Paulo e, laborar junto às crianças carentes do centro de São Paulo e do Educandário.

- Não há de que padre, a sua ajuda indicada pelo bom Deus, é que nos é muito importante para que possamos levar adiante essa missão dura e árdua. Agora prepare os ouvidos que vou começar a falar sobre a vida de Terássia e do Bidinho, seu irmão.

- Quem na verdade os conheceu primeiro foi irmã Janilza, médica pediatra na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Ela sempre tinha o costume de passear na Praça da República para visitar e olhar os muitos objetos de artes, principalmente os de arte sacras e falar com os vários artistas anônimos – Foi lá que ela conheceu um casal de ripes. O pai era um polonês de Voytyla e a mãe, uma romena, descendentes de ciganos circense. Ele pintava quadros religiosos de todos os tipos: Altos relevos talhados em madeiras e também em telas. Ela pintava imagens de santos em qualquer objeto de vidro. Muito bonitos por sinal. Pintava por exemplo, nossa senhora Aparecida com seu manto azul. Pelo lado interno da garrafa, podia se ver a nossa Senhora Vestida com uma manto e um coração brilhante. Do lado de fora uma imagem e do lado de dentro a mesma imagem, mas com o coração uma arte aprendida no leste europeu. Foi através de um convite da irmã Janilza que, também comecei a visitar a feira de artes da Praça da República e lá conheci os pais de Terassia e a própria que tinha dois anos de idade na época, mas já era uma menina vivaz com os olhinhos misturados de azul e verde ou de verde e azul, como até hoje ainda não conseguimos decifrá-los.

- A nossa amizade com o casal de artistas durou quase seis anos e meio. Após seis anos aproximadamente de amizades nasceu o bebezinho mais fofo que já conheci! O José Alcebíades, irmãozinho de Terássia. Durante seis meses, para que os artistas pudessem trabalhar mais tranqüilos, a Terássia e o Bidinho, ficavam no berçário da Santa Casa desde o sábado à noite até o final da tarde do domingo quando encerrava a feira.

- Foi em um belo domingo de sol que ao passarmos pela Praça da República, uma artista plástica ripe, também amiga dos pais de Terássia e Bidinho, chamou-nos em um lugar reservado da praça e, falou-nos quase que sussurrando em nossos ouvidos. Aconteceu uma desgraça no nosso acampamento em Itaquaqueçetuba. Alguém fez uma denúncia à polícia de repressão da ditadura de que havia no acampamento, comunistas do leste europeu e, viciados em drogas, o que é uma grande mentira. Nós os ripes somos artistas que não aceitam certas regras sociais do mundo, e não só do Brasil. A polícia chegou atirando e pondo fogo em tudo, batendo e prendendo as pessoas de surpresas. Algumas morreram! Os pais de Terássia deram a vida para salvar todas as crianças e conseguiram. Foram onze crianças ao todo. Foram presos e torturados para entregar o restante dos artistas, mas, morreram por não delatarem os amigos.- As crianças estão seguras! Precisamos de ajuda para socorrê-las sem risco, pois os policiais querem pegá-las e enviá-las, não sabemos para onde!

- O meu coração bateu forte ao mesmo ritmo do da irmã Janilza. Rapidamente acionamos a cúria metropolitana e conseguimos localizar e internar as crianças no nosso educandário, inclusive Terássia e Bidinho.

Os olhos do padre Hermes, enchem-se de lágrimas. Os da Irmã Glécia também.- Ambos rezam juntos agradecendo a Deus por terem sido salvas aquelas crianças da ditadura militar e cruel do Brasil, sendo que algumas delas já estão até trabalhando em vária profissões. A terássia, hoje com dezoito anos é uma noviça e educadora do Educandário por exemplo. Do nada o telefone da irmã Glécia toca. Ela atende. Um largo sorriso toma conta de todo os ser da irmã que após se despedir da pessoa do outro lado da linha, desliga o aparelho e fala ao padre Hermes feliz da vida. – Era aquele empresário de lojas do centro de São Paulo. Ele vai fornecer o transporte, o lanche e os ingressos para a criançada poder assistir ao filme E.T no Cine Marabá, perto da praça da República.

- Nossa, eles ficarão felizes da vida, pois sonhavam tanto em poderem assistir ao filme E.T. Obrigado Senhor! Agradece padre Hermes. E a irmã também.

XXXXXXXXXXXXXXXXXX

O dia está um pouco nublado neste domingo de outubro. Sem saber o porquê de fazer uma confissão tão repentinamente, padre Hermes está no confessionário frente a frente com Terássia. Os olhos dela parecem estar mais cintilantes do que nos demais dias. O coração dela de tanto agitado, parece acompanhar uma escola de samba em pleno ensaio de carnaval na véspera de entrar na avenida. O padre Hermes há dez anos como educador do Educandário e o sacerdote responsável, tanto da capela quanto da Igreja da Paróquia, nunca tinha sido confessor de nenhuma aluna interna. E logo começa a fazer perguntas para Terássia a quem tinha como a uma filha. Quando ele chegou ao Educandário ela era muito calada e triste. Com muito amor e trabalho havia conseguido transformá-la na pessoa mais alegre e feliz da vida, prestativa e proativa. É claro que, quando Bidinho atingiu a uma idade mais madura e pode ser internado no Educandário, isto também ajudou, em muito, na recuperação dela.

- Qual o motivo de uma confissão agora, menina?- Pergunta.

- É algo muito grave padre. Sou noviça há muito tempo e dependo de uma certeza para poder continuar na minha escalada ou não na vida religiosa. Fala nervosa e ansiosa.

- Primeiro não fique ansiosa, menina. Você está diante da casa de Deus e de um servo dele! Argumenta padre Hermes, já temendo em saber de alguma coisa grave da cabeça de Terássia ou alguma coisa que a aflige no momento. – Pode confiar em Deus e em mim menina, tudo o que é falado aqui só fica entre Nós três: Deus, você e eu.

- Padre- ela continua; estou apaixonada por você!

- O quê!! Pergunta padre Hermes, um tanto quanto surpreso. Como! A nossa afinidade é de pai para filha; nada de amor carnal! “ Realmente o padre é pego de surpresa! Cá com os seus botões da batina ele pensa.Se realmente não fosse um podre e apenas um professor secular, com certeza lutaria para ter uma esposa, embora tão jovem, mas muito bel e meiga como a Terássia, seria uma verdadeira felicidade total recebr uma declaração como esta recebida agora. Mas lele é um padre e escolheu esta profissão desde quando era criança.Jamais poderia titubear e fará tudo para não alimentar esta esperança no coração da jovem noviça.Não é padre?”

- Pois é padre, e eu preciso ter certeza se terei ou não a chance de viver este amor e continuar sonhar um dia com isso!

- Não minha filha, nunca! Desde criança escolhi esta carreira de sacerdócio e, não abrirei mão dela por nada neste mundo! Completa padre Hermes. Pelas frestas do confessionário ele nota uma certa decepção nos olhos de Terássia mas, ao mesmo tempo, observa um outro brilho no olhar dela. Tem mais alguma coisa a dizer? Pergunta.

- Sim padre. Com esta resposta que o senhor me deu, e como não me apaixonarei por mais ninguém, agora posso me preparar melhor e seguir a minha carreira de freira e de educadora.

- Tudo bem menina, mas você precisará ser forte para conviver com esta tentação, aconselha padre Hermes.

- Sem problema padre, Deus dar-me-á o caminho correto e disto eu tenho certeza!

“ que bom que a tentação carnal não fez o padre cair nela”

- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Que belo dia faz hoje em São Paulo, neste 12 de outubro de 1980, dia das crianças e da Nossa Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. As crianças não tiram os olhos da tela. Devoram com apetite cada cena passada minuto a minuto; .às vezes dá até para ouvirmos a respiração e a batida do coração deles. Também dos adultos acompanhantes. Vibram,enchem os olhos de água,sorriem,gritam,contestam e ás vezes viram até comentaristas de filmes. A plantinha do E.T está murchando. Algumas crianças soluçam e perguntam aos pais: Pai ele vai morrer? Não deixa ele morrer pai! E a cena continua .O E.T está morrendo . Lágrimas e muitos soluços são ouvidos ao longo das poltronas do Cine Marabá. Inclusive eu também soluço. De repente, a plantinha do E.T. revigora-se e a platéia de crianças e adultos, ao perceber que o extra - terrestre está recuperado, fica de pé e enche o cinema de palmas de sorrisos e alegrias, como se a cena fosse verdadeira. Terassia e Bidinho pulam como se estivessem numa competição esportiva. Até o padre Hermes bate palmas também – Lembrei da minha infância lá em Bom Jesus da Lapa, no cine Marabá de lá, quando o mocinho dava o troco nós aplaudíamos, como se estivéssemos em um teatro ao vivo.

Assim que o filme termina, o padre Hermes, monitor da criançada do Educandário, auxiliado pela Terássia, começa a conduzir a turminha até à Praça da República. A vã já estava estacionada quando eles chegam até ela. Uma a uma das crianças entra na vã, sendo que Terássia , monitora e conferente da lista, acompanhada do penetra do Bidinho, que já deveria estar dentro do transporte mas que teimosamente resolve entrar por último e, no momento em que começa a seguir para a entrada do veículo segurando a mão de Terássia, eis que um motoqueiro, em alta velocidade, fugindo da polícia, sobe na calçada e atropela Terássia e Bidinho e os arremessa a mais de dez metros à frente. É tudo muito rápido. Padre Hermes que está logo atrás deles a espera para fechar a porta, apenas sofre uma pequena queda. O resgate chega logo!- Padre Hermes roga a Deus para que não os leve desse mundo agora. Eles ainda têm uma vida inteira pela frente!. Se fosse o caso deveria levar ele, que já havia vivido a mais tempo.

Quatro dias de agonia se passam entre o fatídico acidente que vitimara Terássia e Bidinho. Logo na manhã anuncia-se a morte de Terassia e no início da tarde anuncia-se a morte de Bidinho. Padre Hermes não se conforma em perder dois entes que amava muito. Blasfema contra Deus, algo jamais imaginado por todos aqueles que o conheciam e conhecem desde a infância até o sacerdócio ”um súbito descrédito toma conta do coração do Padre Hermes. Parecia algo inacreditável, mas aconteceu. Talvez ele ainda não esteja tão preparado para o sacerdócio como apregoado! Talvez falta-lhe maior preparo espiritual e ou a vocação nãoa era de fato algo do coração e, sim de conveniência. Posso estar fazendo um julgamento precipoitado. Talvez eu tenha razão ou não! Só o futuroi dirá!”

– Não acredito mais nesta fé que eu professo desde criança! Deus não existe, porque se existisse não deixaria isso acontecer! Que Deus e este que faz as pessoas sofrerem! A partir de agora só acredito é na ciência e no instinto de sobrevivência! Religião e Deus é balela. Piada para boi dormir. E assim que o enterro é consumado, padre Hermes vai até o chefe da paróquia tira a batina, vai até o Educandário para se despedir das irmãs e das crianças. Elas até preparam uma despedida musical mas ele não aceita deixando-as cheias de decepções e com os olhos cheios de lágrimas e tristezas.” Decepcionante isso padre, mas o momento de tristeza é todo seu e não posso fazer nada para mudá-lo! Só rezar por ti”

- Padre leva a garrafinha com a água benta do Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Ela foi a última garrafa pintada por Terássia. Pediu irmã Glécia.

- Não irmã, não acredito mais nestas coisas de nossa Senhora, de Deus, de fé , de milagres etc.

- Leva padre; é para a sua mãe, não é para você. Terássia a fez a pedido dela. Você pode não acreditar mais em Deus, mas não puna a sua mãe por isso. Leve sim a garrafa com a água benta do Santuário. Como religiosa, aceito a afronta, mas como amiga, não. Você só perdeu a fé e não a razão e, a dignidade - ponderou a irmã Glécia.

- Tá bom amiga, já que foi feita para a minha mãe, não farei esta desfeita. Ao terminar de falar, padre Hermes pega a garrafinha com a imagem de Nossa Senhora Aparecida pintada por Terássia, do mesmo jeitinho que a sua mãe havia lhe ensinado, guarda com carinho, isto ainda lhe resta no coração, chama um taxi acena friamente para todos e parte para o Aeroporto de Congonhas, onde já tem um vôo marcado para Salvador, Capital da Bahia, deixando para trás muitas pessoa tristes com a sua partida, inclusive as crianças que o amam muito.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Alguns dias se passam desde a sua chegada à terra natal, Bom Jesus da Lapa e Padre Hermes anda meio triste, calado, irritado com todo mundo, não está sendo nem um pouco amável com os amigos de infância e, nem com os parentes. Quando alguém diz: Olá padre, ele responde simplesmente olá! Quando alguém diz: Bom dia ou, boa tarde, ele só responde bom dia ou boa tarde ou boa noite. As pessoas ficam fazendo questionamentos de como pode uma pessoa que, desde os tempos de menino já havia escolhido a carreira do sacerdócio e , depois de tantos prestígios no exercício da função de padre, de repente, larga tudo para voltar à cidade onde nasceu, levando uma vida solitária e quase silenciosa.

Padre Hermes tenta de todas as formas se distrair, mas não consegue. Já tentou sair com moças lindas e solteiras para fazer algum programa em festas, passeios, mas nada disto lhe dá uma gota de ânimos. Cerca de algumas semanas atrás, pegou o jipe da família e fez um enduro por várias cidades dos gerais.

Primeiro deu uma passada na cidade de Santa Maria da Vitória, onde conheceu muitos amigos na infância e adolescência. Visitou a casa Paroquial e o Colégio Comercial, onde tinha livre acesso com os Padres italianos e com dona Nena e Dona Zenilda, professoras do Colégio; esteve com Renato de Naná, com Robertinho de Dizinha, com Tonho de Palu, Toginho de Prtógenes e outros amigos e conhecidos da cidade. Sempre se esquivando das perguntas sobre a saída dele do Sacerdócio. Com os amigos e ex-colegas ele até deu muitas risadas, quando Renato lembrou a ele a história do passado, quando a turma era coroinha da Igreja da Cidade, e comandados pelo Athaydinho, todos foram obrigados a tomarem o vinho da missa esvaziando as garrafas, e, quando a Vanda, Beata zeladora da igreja chegou para pegar o vinho, não encontrou nada mas, sentindo o hálito dos coroinhas deduziu rapidamente o que havia acontecido: - Cambada de presepeiros, o que vocês fizeram ! Deixa só os pais de vocês ficarem sabendo! Gritou com bastante fúria e indignação com o que a molecada havia aprontado.

A seguir, ele rumou pra Correntina onde, também na infância, deixara muitos amigos como Flamarion Costa. Diana Costa, Iozinho, dona Zuzu do hotel onde sempre hospedava e mais, além disso, visitou o convento das freiras do outro lado do rio, para matar as saudades, falou com o Padre André e depois tomou um banho refrescante na cachoeira do Rio Das Éguas, onde, quando criança, costumava sempre passear com os pais e a irmã Maria Dominga.

Também visitou alguns conhecidos na cidade de Santana dos Brejos deu uma passada por Sítio do Mato e retornou para Bom Jesus da Lapa.

Sua irritação, e perda de fé o levou a brigar com dona Jandira, sua mãe ,porque ele queria que ela jogasse todos os santos fora, o pequeno altar da sala de estar, e que queimasse a bíblia sagrada, o que era um exagero por parte dele, conforme disse dona Jandira em alta voz. “ Não tem cabimento Padre Hermes! Você perdeu a fé, mas sua mãe e amigos não! Respeito é bom meu caro.Pega leve!”

- Isto tudo é balela mãe. Argumentou. Deus não existe. A ciência é que é a verdade verdadeira!

- Filho, respondeu dona Jandira. - Não sei o que te levou a perder a fé em Deus.Você perdeu a sua fé, eu não! Se você não aceitar as coisas que são minhas, então busque um lugar para morar. Respeito é bom e eu gosto muito dele! Vá curtir sua rocha que apareceu no seu coração em qualquer outro lugar; não aqui neste lar que sempre foi temente a Deus! Já que você não se abre com ninguém, vá até o morro, suba nele e fale com as pedras, quem sabe, talvez elas lhe dêem uma resposta. Aconselhou Dona Jandira. “Boa Dona Jandira, não dê mole para este incrédulo emergente!)

Neste exato momento padre Hermes resolve seguir para o alto do morro. Na ponta do morro ao lado das márgens do Rio São Francisco há uma gruta na qual foi construída a Igreja do Bom Jesus da Lapa. Ele até chegou a visitar a sala dos milagres em uma das partes da gruta onde os romeiros depositam os objetos provenientes dos milagres. Ele comenta em pensamento – Quanta besteira! Tudo mentira destes pobres diabos que não têm a tutela do Estado para a saúde e, diante de tantas dificuldades em adquirirem hospitais e médicos, se jogam nesta balela de fé e milagres. Pobre coitados!

Do alto do morro, Padre Hermes observa o rio São Francisco correndo placidamente em direção do Sítio do Mato, com as suas múltimas coroas de areias e barcos indo e vindo de uma márge para outra e às vezes descendo o rio abaixo. Terassia e Bidinho não lhe saem da memória. Os olhos verdes-azuis dela e a massagem feita por Bidinho nos seus dedões dos pés, martirizam, e muito o seu coração, que está gelado como um ice berg; parece ter se transformado em pedra. Por que não aceitei o amor dela declarado em confissão? Por que foi necessária a morte deles, para poder descobrir a não existência de Deus? Se o tivesse aceito, talvez, por certo que estariam vivos! Como o mundo é cruel! Deixei tanto de curtir a vida por um ideal religioso e agora descubro, que tudo não passou de um mero engano. Neste exato momento preciso recuperar o meu tempo perdido e deixado para trás, e vou fazer tudo o que não fiz na minha infância e Juventude, embora ainda seja jovem. Há se vou!” espero que sim Padre mas, recuperar o tempo perdido para coisas boas!”

Depois de passar algumas horas divagando e matando o tempo com pensamentos e reflexões sobre a vida, passado, presente e futuro no alto do morro da Lapa, Padre Hermes resolve dar uma passada na casa da irmã Maria Domingas e, quando chega leva um tremendo susto ao ver uma ambulância de UTI saindo de frente da casa dela.

- O que aconteceu? Pergunta ao médico Renê, amigo da família.

- A pressão subiu de mais e , talvez tenhamos que fazer cesariana para tentar salvar os gêmeos. No caso da Maria Domingas, as chances são de dez por cento de salvá-la – Responde Dr. Renê médico e amigo da família.

É neste momento que o Padre Hermes se dá conta de que a gravidez da irmã é de risco e ele já sabia disto; mas envolto em seu recente egoísmo nos últimos dias, acabou ficando alheio a tudo isso. – Não tem como pegar um avião e levar para Salvador? Pergunta.

- Não! Só temos poucas horas para tentar baixar a pressão. Uma viagem agora seria muito arriscada – Responde-lhe o médico. É pedir a Deus uma ajuda e pronto. Vamos tentar fazer o resto.

- Confio mais na medicina! Respondeu padre Hermes, ironicamente.

Sem mais esperar, ele ruma para o hospital a fim de acompanhar a Dona Jandira, os amigos e o cunhado e médico, Dr. Delvany que está auxiliando na labuta. Neste momento,todos estão na sala de espera ansiosos; algumas senhoras rezam à Virgem Maria. Outros rezam ao Bom Jesus da Lapa. Alguns amigos evangélicos fazem orações. Padre Hermes prefere ficar afastado das chamadas ladainhas, afinal de contas, para ele, confiar na medicina é o que é mais importante.

Os minutos parecem horas intermináveis, e a cada boletim médico a ansiedade aumenta mais mais e mais. A pressão não baixa, mesmo Maria Domingas estando sedada. Do nada, o médico Dr. Renê vem até a sala de estar e pergunta a Dona Jandira, que está rezando um terço com as amigas – A Senhora não tem aquela garrafinha de água benzida pelo Papa, lá do Santuário de Nossa senhora Aparecida! Dá para buscá-la imediatamente! Afinal de conta tentarei protelar ao máximo que eu puder a cesariana para salvar todo mundo,e eu o farei com a ajuda dos céus!

- tenho sim, e vou mandar buscá-la. Respondeu Dona Jandira.

Ouvindo o diálogo silenciosamente, sentado em uma cadeira, Padre Hermes abruptamente se levanta e segue em direção da mãe e do médico. – Você está com palhaçada Renê! – Pergunta de maneira bastante agressiva: Que raio de médico é você! Estudou medicina para depois se apegar a milagres do desconhecido! Trate de salvar a minha irmã através da medicina! Se não tens capacidade de exercer a profissão peça licença e deixa para os outros mais capacitados!

- Dr. Renê, paciente como sempre, pega no pescoço do Padre Hermes com as suas duas mãos enluvadas, o encosta contra a parede e diz: Se você tentar impedir que a sua mãe mande buscar a garrafinha com a água benta, eu lhe estrangulo agora mesmo! Se você perdeu a sua fé..dane-se! Eu nunca perdi a minha e sempre exerci e muito bem a minha profissão de médico e o saldo é mais positivo do que negativo e, Deus sempre me deu forças para isso.

Padre Hermes cala-se e sai da sala de cabeça baixa .” Toma jeito Padre!” Após alguns minutos a empregada da família de nome Luzia ,acompanhada do motorista da dona Jandira, chega com a garrafinha com a água do Santuário, que por sinal, foi a última decorada por Terassia, especialmente para dona Jandira. A garrafinha é entregue ao Dr. Renê que pede para uma enfermeira molhar uma mecha de algodão e passar em todo o corpo da Maria Domingas. Pede também para injetar algumas gotas na boca e no frasco de soro. A enfermeira executa as ordens do Dr. Renê que resolve ficar na sala de espera com os familiares e amigos a espera de de algum acontecimento que traga esperanças antes de iniciar o parto cirúrgico – Continuem rezando pessoal; Se nada de novo não acontecer nos próximos vinte minutos, começaremos a batalha para fazermos o parto e tentar salvar a Nossa grande amiga! Dr. Renê fala com a voz, embargada mas firme. Tinha que passar confiança para os amigos ali presentes a espera de um milagre. Não durou muito. Após dez minutos a enfermeira abre a porta da UTI e grita: Pessoal, depois de passar a água benta em todo corpo de Domingas, a pressão já está começando a baixar! É um verdadeiro milagre. Continuem rezando! Não parem! Depois de mais dez minutos a pressão fica totalmente estabilizada. Primeiro nasce uma linda menina com os olhos arregalados para o mundo, como se quisesse gravar tudo em volta. Depois nasce um lindo menino do saco roxo, como disse Dr. Renê para o amigo Dr.Delvany pai dos bebês .

Já recuperada da cesariana, e já no quarto da sua casa, Maria Domingas pede para o marido Delvany, convocar todos os parentes e amigos, pois ela quer contar uma história que ela viveu neste período em que ficou entre a vida e a morte na mesa de cirurgia. Um a um, os parentes e amigos vão chegando inclusive ela faz questão que o irmão Padre Hermes esteja presente e, após a chegada do último convidado, ela pede silêncio e para não ser interrompida.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Tudo o que vi parecia muito real. Eu estava andando em meio a um nevoeiro e de repente me vi no meio de um deserto, totalmente causticante. Estava bastante exausta e não conseguia mais andar. Então prostre - me na areia escaldante e comecei a me rastejar junto com as serpentes, lagartos e insetos. Lembro-me sentir uma sede tremenda e a minha boca estava seca e travada. Não conseguia nem gritar. O meu desespero era enorme. Sentia que o meu fim estava próximo. Já não tinha nem forças para respirar direito.

Subitamente, senti uma mão meiga segurando a minha e que me levantou como se eu fosse uma pluma e me transportou suavemente pelas as areias até chegar em frente de um grande portão dourado. Antes de chegarmos ao portão, havia um jardim cheio de flores, com uma cachoeira jorrando. Ao sentar em uma pedra grande, reparei que as mãos santas eram de uma senhora que estava enrolada em um manto, mas demonstrava uma meiguice jamais vista por mim. Em seguida ela faz um sinal e aparece uma moça linda, cabelos loiros e trançados, carregando um cântaro na mão. Ela estava acompanhada de um garoto, muito vivaz e lindo que assoviava uma linda canção de amor. Enquanto a moça passava água em todo o meu corpo e até, deu algumas gotas para eu beber, o garotinho fazia massagens nos dedões dos meus pés. Tinha as mãos de fada. O que mais deixou - me impressionado, foi o sorriso da moça e os olhos, cujas cores me deixaram dúvidas: Não sei se eram verdes ou azuis, mas eram lindos de mais. Transmitiram – me muita paz e ternura.

A senhora me abraçava com carinho. Pedi a ela para continuar naquele lugar lindo e belo, onde a paz parecia ser eterna. Ela respondeu – me: Você deverá retornar para o lugar de onde veio. Há uma missão para ser cumprida e tem duas pessoas que necessitarão de ti .É uma linda garota e um lindo garoto. Gostaria que você desse o nome da garota de Maria Terassia, que será uma homenagem a mim e a essa moça linda que matou a sua sede com a água da fonte da vida. E José Alcebíades, para o garoto para homenagear este garotinho e o meu marido, José.

Após ser abraçada carinhosamente pela Senhora bondosa, a moça linda e o garotinho vivaz, como num passo de mágica, acordei naquele quarto de hospital, já com os meus filhos ao meu lado e todos vocês. Fiquei muito feliz por que tudo acabou muito bem. Esta é a minha história. Acreditem ou não foi verdadeira. Só não sei se foi sonho ou realidade. Mas nunca um pesadelo.

Assim que Domingas termina a narração, padre Hermes cai em desespero. Ajoelha-se com o rosto no assoalho da casa. – Deus, pequei contra ti! Fui um verdadeiro idiota ao querer a minha vontade e não a sua. Como pude duvidar da sua força Senhor! Eu sou um jumento! Jogue sua fúria sobre mm Senhor! Castigai - me, eu mereço. Mas peço lhe que me mostre um caminho a seguir, mesmo que seja um caminho diferente.! – As pessoas ali não sabiam do que se tratava. Mas padre Hermes sabia o porquê da angustia.Ele nunca falara de terassia e nem de Bidinho para ninguém ali em Bom Jesus da Lapa.Nem mesmo para os parentes. Como é que Domingas poderia inventar uma história dessas! Era um aviso de Deus, só podia ser!

Depois de se penitenciar diante de todo mundo, padre Hermes resolve ira para casa da sua mãe e se trancar no quarto para rezar e pedir mais perdão a Deus. È interrompido pela Luzia – Alguém ao telefone quer falar contigo Hermes – Não estou para ninguém! –É a irmã Glécia de São Paulo. Quer falar-lhe urgentemente! A irmã Glécia queria saber se ele já havia tomado uma decisão em definitivo, quanto a deixar o sacerdócio. Era também um questionamento do Bispo.

- Tenho chances de retornar e ser aceito? Perguntou

- Se for essa a sua decisão, já passou da hora e estamos de braços abertos para recebê-lo meu irmão. Completou irmã Glécia.

- Já estou indo irmã. Avise a todos.

Dona Jandira ficou radiante com a decisão do filho de retornar o caminho traçado por Cristo e escolhido por ele. A chegada do padre Hermes em São Paulo se transforma em uma festa muito bonita. Todos o recepcionam no aeroporto neste momento e, para compensar a frieza com que se despediu das crianças, no momento em que perdeu a fé momentaneamente, faz questão de abraçar todos eles, um a um, minuto a minuto no mínimo. Irmã Glécia e Irmã Janilza estão felizes da vida, juntamente com os professores ,voluntários da Pastoral da Criança e as próprias crianças. - O bom filho a casa volta , diz o Bispo da Paróquia. Deus seja louvado e nossa Senhora Aparecida também. "É Padre Hermes, você precisava passar pela prova do fogo como dito no texto de Isaias – Quando estiveres passando pelo fogo eu estarei contigo! Agora aquele tempo perdido, lembra? Tenho certeza que será recuperado, com coisas boas como eu comentei! ”

Fim

Caros irmãos e irmãs, esta história é apenas para que vocês reflitam e através das mensagens nela inseridas, possam tirar proveito para as nossas vidas, e que nunca deixem os momentos, por mais difíceis que lhes pareçam, tirar a fé e a esperança. Deus processa milagres mas também nos dá a chance de fazermos os nossos milagres . Isso só depende de nós. Os milagres de Deus só dependem da nossa fé. Basta acreditarmos nele e basta acreditarmos em nós, mas com a presença dele. Sigam em paz para suas casas e busquem sempre o milagre através da fé.

Homenagem Póstumas para:

Dona Zilda Arns e demais companheiras e

companheiros que pereceram no exercício do amor.

Deífico Colaborador do Blog Lírio Urbano