A DÉCADA DE SETENTA
Novo ano, nova década, novo tempo para mim e para Brejo Santo.
A cidade é agraciada com o Posto de Saúde, inaugurado no dia 30/09/71. Foi o mesmo conseguido junto ao go vernador Cesar Carl, através do Secretário de Saúde, Dr. Lúcio Alcântara. Ele foi construído pelo prefeito Juarez Sampaio no terreno adquirido pelo seu antecessor, Emílio Salviano Alves.
Em 1972 nossa terrinha é beneficiada com a ponte da rua Manoel Leite, o calçamento até o cemitério local e a transferência do antigo matadouro do serrote para o pré dio iniciado na administração anterior e agora concluído (atual Escola Pedro Basílio).
O Presidente Médici, através de ato constitucional, reduz o tempo da administração municipal para dois anos com a finalidade de desencontrá-la da estadual e da federal, motivo pelo qual tivemos eleições em 1972, com candidato único, na pessoa do Sr. Mário Leite Tavares, o prefeito pacificador da terra.A obra de destaque do seu quadriênio administrativo foi a Escola Pe. Pedro Inácio Ribeiro, construída no local onde até então era o parque de esportes, obra da primeira gestão do prefeito JuarezSampaio erigido ondefora até a década de cinquenta o comércio da cidade.
Brejo santo havia perdido no dia 03 de janeiro de 1973 aquele, que durante 43 anos conduziu santamente como o bom pastor, o seu rebanho.Nada mais providencial que a homenagem prestada pelo amigo que o acolheu quando chegou a Brejo Santo; e, justamente em se tratando de uma escola por onde passariam milhares de crianças, essas criaturinhas a quem o Padre Pedro sempre amou com um carinho todo especial.
Durante este período, eu concorri ao vestibular e cursei na Faculdade de Filosofia do Crato o curso de Pedagogia, com especialização em Administração Escolar (1972 – 1975). No decorrer do curso foi vice-reitor daquela entida de o meu parente e conterrâneo Pe. Antonio Gomes de Araújo que inclusive me presenteou, durante o quinto semestre, com uma bolsa de estudos.
Trabalhava como vice-diretora da Escola Joaquim Gomes Basílio, à tarde, e, lecionava pela manhã, no colégio Estadual Balbina Viana Arrais, onde fui professora substituta de um professor amigo até maio de 1974 quando fui, enfim, contratada como professora de Matemática e Educação Artística oficialmente.
Enquanto isso, Raimundo batalhava como agropecua rista até 01/12/74 quando foi admitido para o quadro de funcionários da ALBRESA (Algodoeira Brejosantense S/A) como motorista, onde permaneceu até 23/11/75.
De 1974 a 1975 Rosângela estudou na Escolinha João XXIII, onde foi oradora da turma do ABC. Enquanto isso Roberto cursava o primário no Joaquim Basílio, onde eu trabalhava.
Em 1976 fui removida da Escola Joaquim Basílio pa ra o Pe. Pedro Inácio Ribeiro e, em companhia da colega e amiga Maria Bernadete Silva Cavalcanti, assumimos a direção da nova escola. Abrimos o estabelecimento juntas, trabalhamos com muito amor e doação a ponto do mesmo ser a primeira escola estadual de 1° grau, em Brejo Santo, reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação.Para compor o corpo administrativo junto a nós foi indicada a 2ª vice-diretora (eu era a primeira): Maria Ambrósio Cavalcante.
Foi neste período, exatamente aos vinte e sete dias do mês de maio do mesmo ano, que minha mãe faleceu, aos sessenta anos incompletos, deixando-nos uma imensa saudade um vazio impreenchível, porém um testemunho de vida invejável.Eu estava grávida e ao nascer nossa filhinha, demos-lhe o nome de minha mãe. Neusa Regina nasceu no dia onze de agosto e veio alegrar nossas vidas.Roberto cursava então o quarto ano primário e Rosângela a alfabetização na Escola Pe. Pedro; ele vindo comigo do Joaquim Gomes Basílio e ela do João XXIII.
No ano seguinte Raimundo foi contratado como motorista do gabinete do prefeito (Dr. Lucena). E aos dez dias do mês de setembro, nasceu o caçula Rogério, que teve o no me escolhido por Roberto.
Para nos auxiliar na missão de cuidar do nosso filhinho, Deus enviou um anjo da guarda. Anita, para nós Nazinha, veio morar conosco para estudar e nos ajudar com o bebê. A sua convivência criou laços tão fortes que ela veio a se tornar a nossa quinta filha. Como nossos filhos, estudava também na Escola Pe. Pedro.
De 01/06/78 a 30/04/79 Raimundo trabalhou como en carregado de produção da CEBREL, onde Erivaldo, meu irmão, era sócio e diretor.
No final de 1979, pedi remoção do Colégio Balbina Viana Arrais para a Escola Pe. Pedro, onde exercia a vice-diretoria, a fim de acomodar melhor meu horário de traba lho e não perder tempo com a locomoção.
As obras de maior destaque da administração de Dr. Lucena foram: o Centro Comunitário (hoje Projeto ABC), a construção da Estação Rodoviária e do Hotel Municipal, a lavanderia municipal, as casas populares, entre tantas ou tras necessárias ou indispen sáveis à população da zona urbana e rural.Não se pode deixar de enaltecer a iniciativa do Dr. Lucena em criar o Brasão Municipal para constituir o timbre das corres pondências, através da Lei n° 50 de 09/ 05/78, de autoria do professor Manoel Bezerra Neto, então Secretário de Educação e Cultura do município; e em editar o livro “Brejo Santo – sua História e Sua Gente”, em parceria com Fernando Maia da Nóbrega. Este foi, até o fim do milênio próximo passado, a única fonte de pesquisa disponível, ao alcance do povo brejo-santense.A nossa população não tinha acesso aos escritos dos nossos historiadores: Pe. Antonio Gomes de Araújo e Otacílio Anselmo.
A ação social oficializada teve início em nossa ter ra com a inigualável primeira dama, Maria do Socorro Matias de Lucena. Foi aquele o tempo áureo para a população ca rente de Brejo Santo.O nosso povo teve a instalação das primeiras creches casulo, do Clube de Mães Pe. Tibúrcio, do Programa de Assistência ao Idoso e a criação da APAE (Associação dos pais e amigos dos Excepcionais), entre inúmeras outras realizações daquela tão comprometida amiga do povo.
Neste decênio nossa família perdeu, além da minha mãe, duas pessoas muito importantes: nosso avó paterno José Denguinho de Santana e nossa avó materna Luzia Leite Basílio.Em compensação, ela cresceu com a formatura e o casamento dos meus irmãos. Todos, com exceção de Neurian, casaram-se nos anos setenta.
Ao construirmos famílias demos aos nossos pais, Antonio Denguinho de Santana e Neusa Leite Santana Basílio, uma grande descendência.
Com som em :
http://www.marineusantana.recantodasletras.com.br/
visualizar.php?idt=252805
Obs:Crianças da foto: meus filhos Roberto, Rosângela com Neusa Regina no colo(sentados) e os sobrinhos Siuse e Erick (em pé, por trás) .
Novo ano, nova década, novo tempo para mim e para Brejo Santo.
A cidade é agraciada com o Posto de Saúde, inaugurado no dia 30/09/71. Foi o mesmo conseguido junto ao go vernador Cesar Carl, através do Secretário de Saúde, Dr. Lúcio Alcântara. Ele foi construído pelo prefeito Juarez Sampaio no terreno adquirido pelo seu antecessor, Emílio Salviano Alves.
Em 1972 nossa terrinha é beneficiada com a ponte da rua Manoel Leite, o calçamento até o cemitério local e a transferência do antigo matadouro do serrote para o pré dio iniciado na administração anterior e agora concluído (atual Escola Pedro Basílio).
O Presidente Médici, através de ato constitucional, reduz o tempo da administração municipal para dois anos com a finalidade de desencontrá-la da estadual e da federal, motivo pelo qual tivemos eleições em 1972, com candidato único, na pessoa do Sr. Mário Leite Tavares, o prefeito pacificador da terra.A obra de destaque do seu quadriênio administrativo foi a Escola Pe. Pedro Inácio Ribeiro, construída no local onde até então era o parque de esportes, obra da primeira gestão do prefeito JuarezSampaio erigido ondefora até a década de cinquenta o comércio da cidade.
Brejo santo havia perdido no dia 03 de janeiro de 1973 aquele, que durante 43 anos conduziu santamente como o bom pastor, o seu rebanho.Nada mais providencial que a homenagem prestada pelo amigo que o acolheu quando chegou a Brejo Santo; e, justamente em se tratando de uma escola por onde passariam milhares de crianças, essas criaturinhas a quem o Padre Pedro sempre amou com um carinho todo especial.
Durante este período, eu concorri ao vestibular e cursei na Faculdade de Filosofia do Crato o curso de Pedagogia, com especialização em Administração Escolar (1972 – 1975). No decorrer do curso foi vice-reitor daquela entida de o meu parente e conterrâneo Pe. Antonio Gomes de Araújo que inclusive me presenteou, durante o quinto semestre, com uma bolsa de estudos.
Trabalhava como vice-diretora da Escola Joaquim Gomes Basílio, à tarde, e, lecionava pela manhã, no colégio Estadual Balbina Viana Arrais, onde fui professora substituta de um professor amigo até maio de 1974 quando fui, enfim, contratada como professora de Matemática e Educação Artística oficialmente.
Enquanto isso, Raimundo batalhava como agropecua rista até 01/12/74 quando foi admitido para o quadro de funcionários da ALBRESA (Algodoeira Brejosantense S/A) como motorista, onde permaneceu até 23/11/75.
De 1974 a 1975 Rosângela estudou na Escolinha João XXIII, onde foi oradora da turma do ABC. Enquanto isso Roberto cursava o primário no Joaquim Basílio, onde eu trabalhava.
Em 1976 fui removida da Escola Joaquim Basílio pa ra o Pe. Pedro Inácio Ribeiro e, em companhia da colega e amiga Maria Bernadete Silva Cavalcanti, assumimos a direção da nova escola. Abrimos o estabelecimento juntas, trabalhamos com muito amor e doação a ponto do mesmo ser a primeira escola estadual de 1° grau, em Brejo Santo, reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação.Para compor o corpo administrativo junto a nós foi indicada a 2ª vice-diretora (eu era a primeira): Maria Ambrósio Cavalcante.
Foi neste período, exatamente aos vinte e sete dias do mês de maio do mesmo ano, que minha mãe faleceu, aos sessenta anos incompletos, deixando-nos uma imensa saudade um vazio impreenchível, porém um testemunho de vida invejável.Eu estava grávida e ao nascer nossa filhinha, demos-lhe o nome de minha mãe. Neusa Regina nasceu no dia onze de agosto e veio alegrar nossas vidas.Roberto cursava então o quarto ano primário e Rosângela a alfabetização na Escola Pe. Pedro; ele vindo comigo do Joaquim Gomes Basílio e ela do João XXIII.
No ano seguinte Raimundo foi contratado como motorista do gabinete do prefeito (Dr. Lucena). E aos dez dias do mês de setembro, nasceu o caçula Rogério, que teve o no me escolhido por Roberto.
Para nos auxiliar na missão de cuidar do nosso filhinho, Deus enviou um anjo da guarda. Anita, para nós Nazinha, veio morar conosco para estudar e nos ajudar com o bebê. A sua convivência criou laços tão fortes que ela veio a se tornar a nossa quinta filha. Como nossos filhos, estudava também na Escola Pe. Pedro.
De 01/06/78 a 30/04/79 Raimundo trabalhou como en carregado de produção da CEBREL, onde Erivaldo, meu irmão, era sócio e diretor.
No final de 1979, pedi remoção do Colégio Balbina Viana Arrais para a Escola Pe. Pedro, onde exercia a vice-diretoria, a fim de acomodar melhor meu horário de traba lho e não perder tempo com a locomoção.
As obras de maior destaque da administração de Dr. Lucena foram: o Centro Comunitário (hoje Projeto ABC), a construção da Estação Rodoviária e do Hotel Municipal, a lavanderia municipal, as casas populares, entre tantas ou tras necessárias ou indispen sáveis à população da zona urbana e rural.Não se pode deixar de enaltecer a iniciativa do Dr. Lucena em criar o Brasão Municipal para constituir o timbre das corres pondências, através da Lei n° 50 de 09/ 05/78, de autoria do professor Manoel Bezerra Neto, então Secretário de Educação e Cultura do município; e em editar o livro “Brejo Santo – sua História e Sua Gente”, em parceria com Fernando Maia da Nóbrega. Este foi, até o fim do milênio próximo passado, a única fonte de pesquisa disponível, ao alcance do povo brejo-santense.A nossa população não tinha acesso aos escritos dos nossos historiadores: Pe. Antonio Gomes de Araújo e Otacílio Anselmo.
A ação social oficializada teve início em nossa ter ra com a inigualável primeira dama, Maria do Socorro Matias de Lucena. Foi aquele o tempo áureo para a população ca rente de Brejo Santo.O nosso povo teve a instalação das primeiras creches casulo, do Clube de Mães Pe. Tibúrcio, do Programa de Assistência ao Idoso e a criação da APAE (Associação dos pais e amigos dos Excepcionais), entre inúmeras outras realizações daquela tão comprometida amiga do povo.
Neste decênio nossa família perdeu, além da minha mãe, duas pessoas muito importantes: nosso avó paterno José Denguinho de Santana e nossa avó materna Luzia Leite Basílio.Em compensação, ela cresceu com a formatura e o casamento dos meus irmãos. Todos, com exceção de Neurian, casaram-se nos anos setenta.
Ao construirmos famílias demos aos nossos pais, Antonio Denguinho de Santana e Neusa Leite Santana Basílio, uma grande descendência.
Com som em :
http://www.marineusantana.recantodasletras.com.br/
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Obs:Crianças da foto: meus filhos Roberto, Rosângela com Neusa Regina no colo(sentados) e os sobrinhos Siuse e Erick (em pé, por trás) .