POLÍTICA numa visão idealista/romântica

Tenho um aluno romântico, idealista! Tão romântico, tão idealista quanto fui na juventude, quando acreditava que o socialismo seria a solução para todos os males da humanidade. Isso foi um pouco antes de ler A revolução dos Bichos de George Orwell e depois de conhecer Admirável Mundo Novo escrito por Aldous Leonard Huxley ( e entre um e outro, a leitura dos grandes socialistas)

Lembro, não sem saudades, de uma época em que eu teimosamente discutia com meu pai sobre os candidatos políticos. Queria por que queria votar naquele em que eu realmente considerava o melhor e acreditava piamente que todos os brasileiros fariam ou deveriam fazer o mesmo. E o quanto demorei para assumir que ele estava certo, porque isso significou o fim dos meus sonhos políticos/socialistas. Doeu.

E hoje ouço meu aluno falando de Plínio Arruda Sampaio (sem dúvida um político de grandes idéias, até onde sabemos, uma pessoa de elevado valor ético e moral) elogiando suas posições e firme na decisão de votar nele. Sem dúvida, uma bela, autentica atitude de um jovem que ainda crê. Que ainda acha possível a política ser feita de maneira honesta, justa, transparente. Que acredita que o objetivo do político seja cuidar do seu povo e não do seu bolso. Que quer o melhor para si, para o futuro, para todos nós. Mas sem perceber, ele, na sua visão utópica , estará ajudando indiretamente a eleger justo quem tanto ojeriza. Não dando seu voto para o candidato que está em segundo lugar, automaticamente colocará um voto a frente a candidata que gostaríamos de ver bem longe da presidência. Tentei , quero crer que com sucesso, demove-lo de tão ingênua e utópica decisão, ainda que eu tenha que concordar: ele está certo, nós é que estamos errados. Sim, nós compramos essa idéia errada de eleger não por méritos, mas por interesses pessoais. Nós permitimos ao longo dos anos, das eleições, que pessoas de caráter não só duvidoso, mas claramente imoral, nos representassem. Nós permitimos que pessoas com passagem policial, processos, condenações, respondessem em nosso nome. Cuidassem do nosso dinheiro. Pessoas de quem nos envergonharíamos de aparecer lado a lado, que jamais receberíamos em nossa casa.

Talvez por comodismo, ou então por ignorância.! O motivo já não importa. Importa agora tentar impedir que essa situação que caminha para o totalitarismo seja interrompida ou então precisaremos esperar mais 8 anos, no mínimo!

Ana Janete
Enviado por Ana Janete em 28/09/2010
Código do texto: T2526568
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.