Meus olhos choram

A Voz Do Silêncio -

Pior do que a voz que cala,

é um silêncio que fala.

Simples, rápido! E quanta força!

Peço um pouco de inspiração a Martha Medeiros para escrever esse singelo e humilde texto.

Meus olhos choram

Meus olhos nesta noite poderiam chorar por qualquer coisa que fossem banais; corriqueiras; comum de todos; mas não o fez. Meus olhos pediram ao silencio uma ajuda e chorou!

Chorou de raiva, de tristeza, de angustia e de todas as mazelas de uma vez. Isso, caro leitor não é banal nem tampouco supérfluo. Você trabalha, cultiva bons e verdadeiros amigos; costuma ser cordial com as pessoas, porém chega um dia e você recebe uma apunhalada sem ter realmente feito nada de mal; digo Nada!

E ai, vem esse choro doloroso e em silencio; porque como reagir a algo que não foi sucitado por você? Algo que deixa você esquecer dos detalhes das horas; em alguns minutos até da vida. Poderia ser efêmera nas minhas reminiscências, no entanto nem lá esse choro silencioso e austero deixa-me em paz. É como se fosse uma pulga atrás da orelha; um pé na frente e outro atrás; um olhar aberto e o outro fechado.

Eu poderia, em vão, dizer que sou culpada, mas nada resolveria porque mesmo assim continuaria sem entender o comportamento hipócrita de certos humanos. Mas a minha consciência nunca errou; pelo contrario, sempre disse a mim: a vida é bela; o tempo é curto; os amores sempre vêm e vão, mas a luta jamais acaba, os dispostos sempre se atraem e felicidade não é o pote de ouro que tem lá no fim do arco-íris; é a cultivação divina de momentos únicos que petrificam na vida de qualquer ser humano.

Os meus olhos choraram e por um bom tempo quero que eles continuem praticando essa ação; pois só assim saberei que realmente estou VIVA! Viva para perdoar; para amar; para sentir ódio; para pensar; para fazer tudo que minhas lágrimas permitam eu sentir; uma vez que SENTIR faz-me completamente única aqui.

Para Deus tudo teve e tem o seu momento, porque para mim sendo filha do criador seria uma dualidade? Então, chega um momento em que você esta farto do relativismo, da hipocrisia do “tudo é normal”, das metáforas descabidas, das palavras que não foram ditas e decide por um choro silencioso, mas com tamanha força e propriedade viver apenas acreditando que todos os dias eu, ofereci sim, o melhor de mim.

Dani Drummond
Enviado por Dani Drummond em 28/09/2010
Código do texto: T2525664
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.