PROGRESSO MORAL E INTELECTUAL
PROGRESSO MORAL E INTELECTUAL
Quando criança não se tem noção da vida. É, pois, o início. Aprende/aprendendo tudo. A coordenação motora, para definir que temos membros que se movimentam; os sons, para produzir palavras e, depois, articular frases... mais tarde, a curiosidade nos direciona ao diálogo.
Passado este estágio primário, essa curiosidade nata no ser humano sugere termos comparativos/interações. Os questionamentos nos levam – entre outros – ao nosso “eu”/desejo/aspiração e melhoramento. É a vocação que se intromete na insatisfação.
Enquanto o ser humano cresce em necessidade/idade/sonho, as perspectivas também crescem. Mas, nesse estágio, não são somente a interação do ouvir e, sim, do estudar, ler livros pertinentes e frequentar escolas e, mais ainda, prestar atenção nas práticas, com que ele grava mais fundão seu aprendizado. Vai aprender que o ouvir, que lhe valeu o diploma da curiosidade da meninice, tornou-se para ele, agora, uma arte. Sim, porque aprender escutar calado a sabedoria dos mais experientes, fez-se necessidade, para a devida lapidação das pedras preciosas/pérolas que encontrou nos mares da leitura e das escolas primárias.
Com esses conhecimentos, aprimorados pelo esforço do querer, o, agora já adolescente, encaminha-se às escolas acadêmicas, que o direcionarão ao mercado do trabalho. E há de ser feito, tudo isso, com muito amor, em cumprimento da lei de Deus, que exige pouco do homem: ... só progresso moral e intelectual, além de aplicar essas virtudes na vida terrena.
“Mas quem é esse Deus tão badalado
que a obediência do homem merece?
a trajetória (ou não) desobedece
a tudo o que pelo homem Lhe é imputado?
A centelha divina Dele cresce.
a carne vem da carne, diz calada
a Bíblia do Cristo, o verbo falado
ainda a poucos entendê-la apetece.
Mas o espírito que no corpo habita
vem do espírito, que Deus suscita
na terra, são palavras de Jesus.
Cabe ao homem entender a linguagem
foi criado tendo Deus por imagem
herdando Dele a paz, o amor e a luz”.
O progresso, quando o citamos, sempre sugere aos mais incautos a linha material da vantagem sobre a pobreza. De certa forma, esse pensamento é correto. No mercado de trabalho, onde aplicamos o progresso que fizemos com o desenvolvimento da inteligência, quando a aplicamos como meio de vida e consequente progresso material, gera um sensível melhoramento do status, quando não a abastança. Mas não é a esse progresso a que nos queremos referir. Dentro desse contexto há a correlação da aplicação, também, do progresso do espírito, no sentido divino.
Pensando conforme a Filosofia Científica e Doutrinária Espírita, temos que Deus não é padrasto, mas pai. Sendo um pai bondoso e justo, Ele nos criou para fazermos parte das legiões celestes. Para que isso possa acontecer, esse Deus nos deu o livre arbítrio para sermos nós mesmos a construirmos nosso progresso intelectual e, a par dele, o progresso moral que será a consequente purificação das falhas cometidas na faina do crescimento do espírito como um todo.
Da mesma forma que se repete o ano letivo em que o aproveitamento não foi tão bom quanto deveria para seu aproveitamento, deu-nos o Criador tantas vidas terrenas quantas necessárias para aprendermos a lição das leis de Deus para purificarmos o espírito.
É este o sentido exato das reencarnações – dotar o espírito ou alma de moral e intelectualidade para, assim purificado, fazer parte das legiões celestes.