Criatividade?

O universo normatizado sobre autoralidade baseia-se mais na garantia de lucro fatal sobre a propriedade fundamentada do que pela sua forma atual ética didaticamente explorada. E o processo de garantia e lucro sobre as patentes pode ser admirado como positivo apenas porque criou no mundo um empregado famoso: Einsten. Não raro no mundo acadêmico podemos ver os jovens exprimindo citações para todos os temas, o que lhes tira a possibilidade do sentimento próprio de elaboração. É para eles uma prova de erudição e uma afirmação dos conteúdos. Essa condição acadêmica convive mal com qualquer sentimento de originalidade. Nosso subdesenvolvimento nasce desta incapacidade de verificação dos nossos próprios conceitos. Retornamos então para as diletas referências externas que muitas vezes dizem exatamente o que sabíamos ou tínhamos em vista muito antes de Cabral ter conhecido um barquinho. Com toda normatização o lucro é bem reduzido na hora do recolhimento.

Vamos imaginar uma vida com as seguintes normas computadas: todas as ações devem antes passar por um exame detalhado num livro especial de conceitos, e as regras ali estabelecidas, devem ser obedecidas porque foram guardadas todas as experiências humanas. Todas as experiências estão ali dentro daquele arquivo de computação. Supremo desastre da evolução esquecida seria o resultado. O mundo acadêmico busca quase sempre no exterior as suas referências de subdesenvolvido. Não é à toa que nosso primeiro escritor importante da literatura brasileira é o poeta baiano Gregório de Matos Guerra (1623-96). “Destaca-se como satírico, mas é também lírico admirável e poeta religioso, usando a língua com conotações pessoais” (IGLESIAS, FRANCISCO. História Geral do Brasil, p. 70). Foge das transplantações como o diabo da cruz até ser expelido pelos órgãos governamentais.

A formatação acadêmica é fonte de libação intelectual. Uma condição editorial por segurança e precaução ao feitio das placas de trânsito. A ABNT é perfeita para máquinas e terrível para estudantes. Damos excessiva importância às referências bibliográficas e isto é uma marca do pseudointelectual cultural com ambições à cartola da erudição. De acordo com Pascácio Jr. (2010, p. 9), “O uso de normas gráficas é apenas mais um ornato da vaidade para seleção elitista de importância”. Neste estudo para exemplo devo dizer que não existe Pascácio, Jr., mas dentro da sentença está explicito a norma técnica de acordo com a exigência.

Tal cobrança atrasa o processo do conhecimento e aí sim deveria possuir um programa de computador como ferramenta básica com as devidas instruções. Do contrário estamos sendo programados para a superficialidade por sobre os atributos técnicos engessados para a superficialidade dos conteúdos. Tudo isto nos dá impressão de que os alunos ficam entalados em completa ausência de expressão sobre tais reverências. Maquinais e sem as facilidades da tecnologia.

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