Minha Vida, Minha Arte!

23/08/06

Minha Vida, Minha Arte!

Desde que me conheço como gente, participo quaisquer eventos sendo eles escolares ou culturais. Tudo pela fama, para fama e com a calçada da fama é claro.

Num colégio onde estudava, inventou uma comemoração no dia de índio, e claro estava no meio do salão.

No dia, da apresentação, fantasiada como Índia, na hora “H” fui de sandálias, mas a professora disse que Índio não usa calçado, então tive de tirá-las.

Em cada passo da dança, levantava os pés, pois o chão estava pegando fogo, mudando assim a minha performance. Tudo pela saúde, com a saúde e para a saúde.

Depois inventei ser artista plástica. Em lugar de pintar um quadro eu me pintava, melhor me lambuzava toda, em vez do quadro, que ficava branco e eu colorida feita um arco-íris.

Mais uma invenção minha, aprender teclado. Em cada ano letivo, uma nova apresentação e uma nova tremedeira dos pés a cabeça, mas o leitor acha que eu desistia do meu ideal de artista? Que nada, também não enxergava a platéia. Apresentava e era filmada. Talvez a filmagem mostre o meu interior.

Depois do teclado, vieram mais três paixões da minha vida: cantar, escrever e dançar, formando uma só classe de meu vício artístico.

Adoro música, seja qual for, brega ou moderna, o importante me deixar nas nuvens para compor uma obra literária com as memórias dos Tititis alheios, formando as minhas memórias.

Sempre que posso sou uma penetra numa filmagem, seja for o motivo: reportagem ou outro evento. Estou dentro. E as minhas fantasias muitas vezes saem pela culatra, pois nestas ocasiões, sou convidada para ser uma cobaia, e para ser uma cobaia estou totalmente fora.

Teve uma época que um repórter me confundiu como uma diabética, queria que demonstrasse a aplicação de insulina. E eu disse que estou aqui como uma figurante da reportagem. Tudo pela arte, para arte e com a arte.

E não parou ainda, fui convidava para um recital de poesia, fui muito chique com todos os apetrechos. Depois da apresentação, cheguei em casa, descobri que tinha ido para o evento de sandália com par diferente. Tudo pela moda, para a moda e com a moda do futuro.

Em uma outra vez, confiando no meu condicionamento físico de atleta de natação e pilates, atrevi-me a entrar numa estreita trilha com vários empecilhos. Cheios de pedras e areias molhadas, perigos totais para uma queda iminente, mas, como atleta que sou, não eram nada de mais para mim. Tudo pela boa-forma, para a boa-forma e com a boa-forma. No meio do caminho desequilibrei e claro fui ao chão, me sujei, mas ainda bem só foi este desastre, para o meu currículo da vida e para os meus tititis memoráveis.

Adriana Quezado

Concurso da Tititi

AQAZULAY ADRIANAQ
Enviado por AQAZULAY ADRIANAQ em 29/09/2006
Reeditado em 15/07/2008
Código do texto: T252523
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