NÃO É FÁCIL SER POETA
Não é fácil ser poeta!
Eu até que bem que tentei, mas devo confessar que desisti.
Ainda lá nos meus tempos de sonhador enamorado da menina que não me dava bola, fiz acrósticos, poemas, poesias e sei lá mais o que, que anos mais tarde ao reler, não me contive, ri até chorar e joguei fora. Onde já se viu, rimar coração com limão, paixão com requeijão, amor com licor, desejo e beijo com queijo, carinho com ratinho, olhos com óleos, e assim por diante.
Estava ou não certo em desistir?
Que me respondam os poetas! Ou melhor, não digam nada! Nem quero saber!
Aquele negócio de contar sílabas e sei lá mais o que para ser um poema perfeito, realmente não levava meu jeito. E podem ter certeza de que até que tentei.
Mas sempre saíram rimas nem quebradas, mas completamente destroçadas. Como por exemplo, carinho com cafezinho. Pode? Se bem que um cafezinho feito com carinho, já disse uma vez, até que pode dar rima, e das boas!
Mas onde é que eu iria arrumar rima para saudade? Felicidade? E lágrimas então?
Imaginem se para domingo eu rimasse gringo? Ou então, bingo! E se para pipoca eu rimasse bicoca? Até que daria não? Pode ser.
Por isso, rendo minha homenagem aos poetas que escrevem em linhas retas suas rimas corretas, ou mesmo as poetisas, que tem as mãos lisas e cheias de carinho para iluminar nosso caminho.
Não, eu não saberia ser poeta, porque estes também são profetas, de cujas mãos saem recados para almas e corações que se sentem abandonados.
Fazer rimas não é mesmo comigo, basta que olhe meu umbigo, sendo assim melhor ficar nas minhas crônicas que já me dão sempre um gim com tônica.
Olha... Não é mesmo fácil, ser poeta!