Eleição sem Escolha
       
          Não há eleição sem escolha, sem o mínimo de comparação, sobretudo quando existe uma quantidade expressiva de candidatos com distintas e diferentes qualidades, o que enriquece a democracia. Daí, sempre repetir em poucas palavras: ninguém escolhe sem comparar. Quando apresentam candidato único, costumo ouvir do eleitor: “Não tive escolha”. Quando o voto é trocado por dinheiro, configura-se a opção desvirtuada , incorreta, fora dos padrões éticos, contudo, não deixa de ser uma escolha do eleitor. Hoje, isto se transforma, pouco a pouco, em conduta reprovável, contrária à cidadania. Bem diferente das eleições capitaneadas pelos “coronéis”, então  “proprietários” de redutos eleitorais, a compra de voto vem sendo repudiada pelos que desejam o bem da nossa sociedade e até punida pela Justiça.
       Decepções experimentadas educaram o povo a recorrer eleitoralmente aos candidatos que já provaram e comprovaram o bem-fazer e se portam como o bem exige. É o que analisa o meu companheiro de crônicas, Gaudêncio Torquato, no seu texto dominical: “Continuar versus mudar”. Assim explica esta tendência: “Em 16 Estados, segundo as pesquisas, candidatos que simbolizam a continuidade (ou, digo eu, continuar mudando para melhor) são favoritos (...)”. E continua: “Em primeiro lugar, satisfação social. O que, na linguagem dos esportes, corresponderia à pergunta: por que mudar o que está dando certo?” Enfim, conclui: “O lema deste ano pode, até, ser este: a esperança de continuar venceu a vontade de mudar.”
       Não só, Torquato! A confiança no que está exitoso venceu a probabilidade da boa mudança. Estes candidatos favoritos ao Governo do Estado vêm demonstrando, na sua história política, feliz desempenho, confirmado em outras suas gestões: maturidade política, dinamismo, trabalho, seriedade com a coisa pública e tirocínio administrativo. Convencem pelo inquestionável lógico Aristóteles: contra fato não há argumento (contra factum argumentum non datur). Pois, vê-se a realidade: água e represas onde havia seca e sede; luz no lugar do candeeiro;  hospitais, onde se necessitava de saúde; novos recursos e meios à segurança; crescimento educacional  e cultural; equilíbrio e controle financeiro contra ações perdulárias; seriedade com compromissos assumidos; enfim, muitas e muitas boas estradas construídas , onde havia distâncias. Estando-se no bom caminho, aos outros candidatos,  paciência. Resta-lhes acatar a vontade do povo.