Atrás da cara feia
Por diversas vezes, somos pegos de surpresa com as atitudes que tomamos por impulso. E sempre que tomamos tais atitudes, ela é impulsionada por algum preconceito — muitas vezes, inconsciente. Isso pode acontecer em qualquer situação e, com certeza, com todos. É fácil notar o olhar de uma pessoa para um morador de rua, para uma pessoa sem estudos ou para qualquer outro caso parecido. O preconceito faz parte do ser humano e, embora tantas campanhas que vemos por aí, ainda está longe de acabar.
Pois bem, ontem fui fazer um trabalho de faculdade no Abutre's Moto Clube Brasil. Pra quem não conhece, o Abutre's são o maior grupo de motociclistas da América Latina e o quarto maior do mundo. A sede fica situada na zona leste de São Paulo, mas o clube se estende por todo Brasil com suas sub-sedes.
O preconceito, neste caso, aparece quando falamos em motoqueiros (aliás, segundo a própria definição, eles são motociclistas) e associamos sua imagem à de um cara mal humorado e bravo, que está pronto para arrumar alguma briga com alguém. Não foi o que encontrei lá. É impressionante como uma imagem pré-definida na nossa mente pode fazer com que sejamos enganados facilmente. Aquela pose de mau, é só pose mesmo. É lógico que tem uns nervosos espalhados por lá, pelo o eles mesmo falaram. Até por isso, existem regras dentro desses grupos que devem ser seguidas para uma boa conduta e convivência. Como uma empresa, uma cidade, um país ou qualquer outra sociedade. O nome e a ideologia do clube não pode, nem deve ser manchado à toa.
Entre trabalhos sociais, viagens e encontros em todos os cantos do Brasil, o Abutre's levam em suas motos, o espiríto de diversão e amizade. Pessoalmente, foi o que mais me impressionou. O respeito que todos os integrantes têm entre si — e por quem é de fora — e a amizade que muitos conseguiram lá dentro.
E isso tudo, é apenas um exemplo da sociedade em que vivemos.