AINDA SOMOS OS MESMOS


Discorrer sobre uma narrativa histórica, através de uma dissertação brilhante, é preciso, previamente, pesquisar os fatos relevantes da temática a ser questionada. Mas posso afirmar enfático que esta metodologia científica, que é aplicada em todas as dissertações históricas, está impossibilitada de servir-se de apoio para que eu alcance o meu objeto questionável. Pesquisar os fatos históricos, para desenvolver a minha abordagem textual específica, não é, indubitavelmente, a minha praia – como nos diz esta juventude alienada e eufórica... Para construir os meus textos críticos, eu uso apenas os meus conhecimentos adquiridos que estão presos à minha memória...
Desde os primórdios da nossa humanidade que os mais fortes escravizam os mais fracos: de início, a força humana bruta dos mais avantajados era sinônimo de poder; depois, com a descoberta das armas, detinha o poder quem tivesse mais poderio bélico. Um grande exemplo desta verdade é o poderio do exército romano: Roma tornou-se o mundo, conquistando todas as cidades, impondo a sua força através do maior aglomerado de soldados armados que já houve na história da humanidade – assim eu quero crer... E a decadência do Império Romano do Ocidente, por ironia do destino, foi justamente o despertar da homossexualidade dos imperadores romanos, alastrando-se aos gladiadores e aos soldados romanos: afeminados, não queriam mais o enfrentamento das batalhas violentas...
Avançando no tempo, continuamos tendo a guerrilha como principal fator preponderante de conquistar e destituir o poder, através de ideologias revolucionárias, como foi o caso, por exemplo, da queda monárquica na Revolução Francesa – com os seus ideais de igualdade, fraternidade e liberdade, se é que isto possa ser a verdade... Seguindo a evolução da nossa civilização, tivemos a Primeira Guerra Mundial e, posteriormente, a Segunda Guerra Mundial... E sempre motivadas pela sede de poder que coabita nos corações dos homens... Como ainda somos os mesmos, é provável que a Terceira Guerra Mundial esteja a caminho: tudo é uma questão de tempo, e uma questão da idiotice humana... Pois as guerras continuam espalhadas pelo nosso mundo, e é sempre motivada pela ânsia da dominação, pela ânsia da obtenção do poder...
A loucura aberrante de obter o poder a qualquer preço é tamanha que o Homem contemporâneo anda estudando, através dos meios científicos, uma maneira objetiva e lógica de capturar o nosso Deus: o criador de todas as coisas que existem... Capturá-lo para estudar a sua mente brilhante e, então, ampliar o conhecimento humano a respeito dos universos infinitos... Parece brincadeira, mas é exatamente isto que a nossa ciência pretende quando se propõe a descobrir o organismo primordial que deu origem à vida... Sendo Deus imaterial e infinito é muito improvável que o nosso avanço científico possa superar e capturar a mente criadora dos mundos materiais e dos mundos espirituais... Ainda somos os mesmos adolescentes imaturos, ambiciosos e arrogantes nos julgando os pais da criação...








FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 23/09/2010
Código do texto: T2515348