MINHA FILOSOFIA DE VIDA
É insólita a minha filosofia de vida, e todas as filosofias mundiais não cabem no meu sonhar de menino provinciano. E todas as manifestações filosóficas do real sentido da vida estão distantes do meu pensar personalista e imbuído de perspectivas indispostas ao pensar do manifesto cotidiano. As noções impressionantes do saber mitológico não alcançam as minhas medidas inconclusas de racionalidade surrealista e abstracionista do meu livre-expressionismo...
Temo pelas aparências do meu aparelho mental que, distorcido de lógica freudiana, desapega-se dos conceitos oníricos na apresentação dos sonhos à realidade materialista deformada e, irredutivelmente, irreal. É por sonhar o tempo inteiro acordado que não me lembro dos meus sonhos introspectivos à noite... Quero com isto deixar claro que existo na minha dimensão de solidificar os meus sonhos despertos à complexidade criativa do meu fazer artístico. São na arte que estão contidos todos os meus sonhos existenciais, e não há nada, neste mundo material, que me faça sonhar mais elevado do que a construção da minha atividade artística. E vou mais longe, nada funciona no meu organismo estrutural, nada influencia o meu aparelho mental, se não estiver substancialmente relacionado com a minha simplória arte de sobreviver em prol da arte...
O amor tem sido a minha impulsividade filosófica de morrer na vida para viver na morte: sei que o resultado do meu sofrimento artístico pela humanidade é mais eficaz que qualquer prazer momentâneo aqui na Terra. E o meu amor pela humanidade é maior que o meu amor pela minha musa inspiradora – meu grande amor! E se sofro com a ausência do grande amor (nesta distância tenebrosa); sofro mais ainda com o meu processo artístico criativo em prol da evolução da nossa sofrida humanidade. Mas é justamente esta motivação amorosa que me distancia do cotidiano sonolento e mecânico do passar dos dias, aprimorando a minha condição de operário das artes – nesta translúcida necessidade de criar o inesperado, o inusitado...
Minha filosofia de vida, portanto, é a efetivação e a elaboração da arte, independente de poder me dar ao luxo de gozar a vida dos prazeres materiais... Independente de ser reconhecido no meu próprio tempo... Independente de a crítica ter que me considerar um grande louco, ou apenas um gênio... Viver a vida material (que é mera ilusão), para mim, é tão-somente a necessidade de criar... Se por um motivo ou outro eu me vejo na impossibilidade de produzir arte, então eu piro ou morro... Amadureci tanto o meu espírito que não tenho mais a necessidade de gozar os prazeres materiais, e esta atitude filosófica de existir tem incomodado os meus contemporâneos materialistas... Parto do seguinte princípio que a qualquer momento posso desencarnar; portanto, nada que diga respeito às efemeridades da existência tem relevância à minha eternidade... E o princípio da minha eternidade é a minha arte, a pureza da minha arte pellisoliana...
É insólita a minha filosofia de vida, e todas as filosofias mundiais não cabem no meu sonhar de menino provinciano. E todas as manifestações filosóficas do real sentido da vida estão distantes do meu pensar personalista e imbuído de perspectivas indispostas ao pensar do manifesto cotidiano. As noções impressionantes do saber mitológico não alcançam as minhas medidas inconclusas de racionalidade surrealista e abstracionista do meu livre-expressionismo...
Temo pelas aparências do meu aparelho mental que, distorcido de lógica freudiana, desapega-se dos conceitos oníricos na apresentação dos sonhos à realidade materialista deformada e, irredutivelmente, irreal. É por sonhar o tempo inteiro acordado que não me lembro dos meus sonhos introspectivos à noite... Quero com isto deixar claro que existo na minha dimensão de solidificar os meus sonhos despertos à complexidade criativa do meu fazer artístico. São na arte que estão contidos todos os meus sonhos existenciais, e não há nada, neste mundo material, que me faça sonhar mais elevado do que a construção da minha atividade artística. E vou mais longe, nada funciona no meu organismo estrutural, nada influencia o meu aparelho mental, se não estiver substancialmente relacionado com a minha simplória arte de sobreviver em prol da arte...
O amor tem sido a minha impulsividade filosófica de morrer na vida para viver na morte: sei que o resultado do meu sofrimento artístico pela humanidade é mais eficaz que qualquer prazer momentâneo aqui na Terra. E o meu amor pela humanidade é maior que o meu amor pela minha musa inspiradora – meu grande amor! E se sofro com a ausência do grande amor (nesta distância tenebrosa); sofro mais ainda com o meu processo artístico criativo em prol da evolução da nossa sofrida humanidade. Mas é justamente esta motivação amorosa que me distancia do cotidiano sonolento e mecânico do passar dos dias, aprimorando a minha condição de operário das artes – nesta translúcida necessidade de criar o inesperado, o inusitado...
Minha filosofia de vida, portanto, é a efetivação e a elaboração da arte, independente de poder me dar ao luxo de gozar a vida dos prazeres materiais... Independente de ser reconhecido no meu próprio tempo... Independente de a crítica ter que me considerar um grande louco, ou apenas um gênio... Viver a vida material (que é mera ilusão), para mim, é tão-somente a necessidade de criar... Se por um motivo ou outro eu me vejo na impossibilidade de produzir arte, então eu piro ou morro... Amadureci tanto o meu espírito que não tenho mais a necessidade de gozar os prazeres materiais, e esta atitude filosófica de existir tem incomodado os meus contemporâneos materialistas... Parto do seguinte princípio que a qualquer momento posso desencarnar; portanto, nada que diga respeito às efemeridades da existência tem relevância à minha eternidade... E o princípio da minha eternidade é a minha arte, a pureza da minha arte pellisoliana...