A Amazônia e o Panamá: selva e marinha
 
 
Como a história conta, Portobello, foi o principal porto comercial do vice-reinado do Peru, tendo o Panamá integrado o vice-reinado de Nova Granada desde o século XVIII, obtendo independência da Espanha em 1821, como província da Grã-Colombia. Objeto de desejo em primeiro lugar dos franceses e insistentemente dos norte-americanos, dada à posição estratégica militar e comercial (afinal passagem entre os Oceanos Pacífico e Atlântico), a província colombiana foi insuflada de fora para dentro em contínuas insurreições, contidas até que em 1903, os eua a 'tomaram' como protetorado. Pode saber quem o quiser, que na sequência do saque e construção do Canal do Panamá, embora alguns bons patriotas sul americanos tenham procurado resistir, a 'instabilidade na dominação do poder pela elite 'panamenha' levou à 'ocupação' do Panamá por forças norte-americanas em 1908, 1912, 1918 e 1989!

A última invasão norte-americana ocorre desde dezembro de 1989, sob uma mendaz falácia (característica da política (sic) norte-americana) de que o Noriega estaria 'cometendo delitos como tráfego internacional de drogas entre outros' (na realidade requeria a soberania do povo panamenho sobre o próprio solo). Assim, mais uma vez, a complacência, venalidade e covardia de jornais, televisões e demais 'órgãos de imprensa familiar' distorceram informações e fizeram mais um serviço sujo lesa-pátria aos cidadãos desse mundo latino, como é de seu costume histórico.
 
Pois bem, há algum tempo, no cenário internacional vêm se destacando 'discussões' acerca da nossa Amazônia, natureza típica sul americana e invejada como soberania tanto por europeus (alguns) mas muito mais pela sanha dos eua.
Temos aí, agora, alguns que se dizem verdes, mas que em essência são 'stars and stripes' procurando aproveitarem-se da ainda incipiente, mas em evolução democracia brasileira para ecoar sentido 'internacionalizante', que na verdade é entreguismo. Há até uma candidata marinha repleta se sonsidade por aí, como quem não quer nada, amealhando na ingenuidade de muitos, mas de outros nem tanto (o que haverá por detrás desse discurso?).

O Financial Times, dia 16 próximo passado, ao tratar da Economia Internacional (repercutido aqui também em not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx) transmitindo a 'preocupação britânico-americana' com o crescimento das economias tanto chinesa, quanto brasileira e 'nova fase nas relações Brasil e China', coisa de imediato em torno de R$ 4 bilhões, embasou-se, por exemplo num ex-ministro saqueador da malDitadura (delfim netto). O jornaleco 'Guardian' também respaldou a 'reporcagem' do FT questionando a parceria do Brasil com a Ásia.
Fica evidente a ganância desse 'consórcio administrador da riqueza alheia' como o fazem há tempos com o Canal do Panamá, que não deixam ser realmente do Panamá (e o petróleo do Iraque? e o do Irã? e o da Venezuela?).
Interessante notar, que na mesma semana, a cândida candidata marinha (e selvática), como que 'inocente' (e recebendo repercussão nessa imprensa familiar que aí está) disse em português o que já se falava em inglês, sob a capa de 'sustentabilidade ambiental'. Esse modo de discurso não é novo, mas é oportuno que quem assim o quiser descobrir 'dê uma olhadela' no que há nessa 'conversinha' aparentemente 'boba', afinal a Amazônia pode vir a se tornar um Panamá gigantesco.