TRAIÇÃO SANGÜINEA
Tem certas coisas que acontecem na vida da gente impossíveis de serem discernidas pela lógica. Quando ficam distanciadas as verdades dos fatos, pelas manipulações maquiavélicas, constituídas pela ganância do dinheiro alheio, as respostas espirituais são as únicas capazes de apresentar interpretações compreensíveis aos acontecimentos.
Em certa ocasião da minha vida, em que estava desenvolvendo o meu trabalho empresarial, artístico, cultural e jornalístico em Santa Maria, saquearam literalmente a minha Rede Gafforelli, enquanto eu estava sendo internado num hospital psiquiátrico. Levando em conta de que eu sou bipolar, meu primo e sua ex-cunhada forjaram a minha internação, deixando-me trancafiado por três meses. Invadiram a minha empresa, furtando todo o meu patrimônio material e destruindo todo o meu currículo acumulado num período aproximadamente de trinta anos. Toda a minha produção artística, cultural e jornalística foi literalmente destruída, deixando-me sem lenço e sem documento. Agiram de má fé, tipificando um crime doloso, no intuito de me neutralizar como pessoa, como artista e como empresário. E o motivo era se apossar, como tantas outras vezes, da pensão militar de uma pobre sogra martirizada.
Tenho pensado, com certa freqüência, como pôde o meu único primo, e mais velho, ter autorizado à sua ex-cunhada tamanha barbárie contra o meu patrimônio. Patrimônio este que eu estava edificando com muito trabalho e muita dedicação profissional e artística. É nestas horas que eu me lembro do irmão do Van Gogh, que sempre sustentou o grande gênio do Impressionismo – que era, também, bipolar. Sinto inveja do Van Gogh por ter tido um irmão tão sensível ao seu talento artístico. Pois comigo, ao contrário, meu primo e sua ex-cunhada sempre ignoraram o meu potencial artístico, ridicularizando a minha arte de vanguarda. Sempre fui considerado um lixo. Qualquer coisa assim, menos um artista. Não era absolutamente necessário que apreciassem o meu estilo artístico; mas depreciar o meu trabalho de vanguarda a ponto de destruí-lo? Quanta ignorância está entrelaçada nestas duas mentes mentecaptas, que só apreciavam o dinheiro fácil para adquirir bens de consumo. É evidente que comprar arte nem pensar, ainda mais se fosse da minha produção artística.
Pensei, muitas vezes, em apresentar a ocorrência aos tribunais da justiça, para ressarcir o meu prejuízo material e moral, mas para não aumentar o sofrimento da minha mãe, entreguei esta terrível aberração sangüínea à justiça divina. Mas o que me deixa mais espevitado é a arrogância do meu primo quando eu comento a lamentável situação que me causou tantos danos materiais e psicológicos. Ele se julga um justiceiro que eliminou do mercado de trabalho um artista desqualificado e, ainda por cima, completamente louco. Se fosse um louco desvairado já teria feito justiça com as minhas próprias mãos. É verdade, não engulo o que me fizeram, apesar de já tê-los perdoados. Fica sempre a nítida impressão que se tiverem outra oportunidade para me lesarem, não medirão esforços para, novamente, estraçalharem com a minha vida.
Sendo um espiritista, tenho buscado uma explicação espiritual, que possa aliviar o peso do meu sofrimento. E penso que apesar de não ter sido justo o que fizeram comigo, só poderei desvanecer as minhas angústias no processo evolutivo da reencarnação. Penso que na vida anterior eu deva ter sido injusto com o meu primo e a sua ex-cunhada. E que este acontecimento desastroso que aconteceu comigo seja uma reparação, ou uma expiação, referente a erros pregressos. Esta é a única conclusão plausível à tragédia que ocorreu comigo. E, na verdade, mesmo que eu tenha causado prejuízo, no passado, ao meu primo e sua ex-cunhada; um erro não justifica o outro. E eles tinham o livre-arbítrio de não praticar o mal. Desta forma, se assim tivessem agido, evitariam ter que prestar contas a Deus.
Não guardo mágoas nem ressentimentos. E apesar de tudo, gosto do meu primo. Quero (isto sim) que a providência divina se encarregue de aplicar a justiça necessária, para que o ocorrido comigo seja devidamente reparado. E que meu primo e sua ex-cunhada reconheçam, lucidamente, o crime doloso que cometeram. A grande covardia que os motivaram a agir de forma tão arbitrária e tão desumana. E que entendam, em definitivo, os malefícios de toda ordem que propiciaram em minha vida já tão complexa por si só. Não reconhecer a maldade que praticaram é perpetuar os danos causados à minha pessoa, prevalecendo à ignorância por toda uma eternidade - para repensarem os erros cometidos por conta dos interesses mesquinhos e inescrupulosos.
Tem certas coisas que acontecem na vida da gente impossíveis de serem discernidas pela lógica. Quando ficam distanciadas as verdades dos fatos, pelas manipulações maquiavélicas, constituídas pela ganância do dinheiro alheio, as respostas espirituais são as únicas capazes de apresentar interpretações compreensíveis aos acontecimentos.
Em certa ocasião da minha vida, em que estava desenvolvendo o meu trabalho empresarial, artístico, cultural e jornalístico em Santa Maria, saquearam literalmente a minha Rede Gafforelli, enquanto eu estava sendo internado num hospital psiquiátrico. Levando em conta de que eu sou bipolar, meu primo e sua ex-cunhada forjaram a minha internação, deixando-me trancafiado por três meses. Invadiram a minha empresa, furtando todo o meu patrimônio material e destruindo todo o meu currículo acumulado num período aproximadamente de trinta anos. Toda a minha produção artística, cultural e jornalística foi literalmente destruída, deixando-me sem lenço e sem documento. Agiram de má fé, tipificando um crime doloso, no intuito de me neutralizar como pessoa, como artista e como empresário. E o motivo era se apossar, como tantas outras vezes, da pensão militar de uma pobre sogra martirizada.
Tenho pensado, com certa freqüência, como pôde o meu único primo, e mais velho, ter autorizado à sua ex-cunhada tamanha barbárie contra o meu patrimônio. Patrimônio este que eu estava edificando com muito trabalho e muita dedicação profissional e artística. É nestas horas que eu me lembro do irmão do Van Gogh, que sempre sustentou o grande gênio do Impressionismo – que era, também, bipolar. Sinto inveja do Van Gogh por ter tido um irmão tão sensível ao seu talento artístico. Pois comigo, ao contrário, meu primo e sua ex-cunhada sempre ignoraram o meu potencial artístico, ridicularizando a minha arte de vanguarda. Sempre fui considerado um lixo. Qualquer coisa assim, menos um artista. Não era absolutamente necessário que apreciassem o meu estilo artístico; mas depreciar o meu trabalho de vanguarda a ponto de destruí-lo? Quanta ignorância está entrelaçada nestas duas mentes mentecaptas, que só apreciavam o dinheiro fácil para adquirir bens de consumo. É evidente que comprar arte nem pensar, ainda mais se fosse da minha produção artística.
Pensei, muitas vezes, em apresentar a ocorrência aos tribunais da justiça, para ressarcir o meu prejuízo material e moral, mas para não aumentar o sofrimento da minha mãe, entreguei esta terrível aberração sangüínea à justiça divina. Mas o que me deixa mais espevitado é a arrogância do meu primo quando eu comento a lamentável situação que me causou tantos danos materiais e psicológicos. Ele se julga um justiceiro que eliminou do mercado de trabalho um artista desqualificado e, ainda por cima, completamente louco. Se fosse um louco desvairado já teria feito justiça com as minhas próprias mãos. É verdade, não engulo o que me fizeram, apesar de já tê-los perdoados. Fica sempre a nítida impressão que se tiverem outra oportunidade para me lesarem, não medirão esforços para, novamente, estraçalharem com a minha vida.
Sendo um espiritista, tenho buscado uma explicação espiritual, que possa aliviar o peso do meu sofrimento. E penso que apesar de não ter sido justo o que fizeram comigo, só poderei desvanecer as minhas angústias no processo evolutivo da reencarnação. Penso que na vida anterior eu deva ter sido injusto com o meu primo e a sua ex-cunhada. E que este acontecimento desastroso que aconteceu comigo seja uma reparação, ou uma expiação, referente a erros pregressos. Esta é a única conclusão plausível à tragédia que ocorreu comigo. E, na verdade, mesmo que eu tenha causado prejuízo, no passado, ao meu primo e sua ex-cunhada; um erro não justifica o outro. E eles tinham o livre-arbítrio de não praticar o mal. Desta forma, se assim tivessem agido, evitariam ter que prestar contas a Deus.
Não guardo mágoas nem ressentimentos. E apesar de tudo, gosto do meu primo. Quero (isto sim) que a providência divina se encarregue de aplicar a justiça necessária, para que o ocorrido comigo seja devidamente reparado. E que meu primo e sua ex-cunhada reconheçam, lucidamente, o crime doloso que cometeram. A grande covardia que os motivaram a agir de forma tão arbitrária e tão desumana. E que entendam, em definitivo, os malefícios de toda ordem que propiciaram em minha vida já tão complexa por si só. Não reconhecer a maldade que praticaram é perpetuar os danos causados à minha pessoa, prevalecendo à ignorância por toda uma eternidade - para repensarem os erros cometidos por conta dos interesses mesquinhos e inescrupulosos.