Convivência humana
Como se dá a convivência humana, nas mais variadas formas?
Percebe-se nitidamente o interesse pessoal em umas, o desprendimento em outras.
Para umas, a convivência é um processo gratuito, natural e por si só, fundamental. E elas são muito felizes com esse êxito.
Já para outras pessoas, a convivência nada mais é que a visualização de oportunidade de auferir algum tipo de benefício pessoal, quer seja financeiro, ou poder, ou prestígio, ou evidência, e outros tantos mais.
Tem pessoas que pagam caro, pra conviver com uma celebridade. E se dão bem com isso. Mesmo que jamais adquira luz própria, que sempre vá depender de holofote alheio.
Ao mesmo tempo, existem outras tantas pessoas que convivem pacificamente e harmonicamente com pessoas “apagadas” e sem brilho. E são muito felizes e sua felicidade ilumina a primeira.
Nisso tudo, o certo é: todos nós precisamos de convivência. Não se pode falar em viver isolado, isento, alheio, distante. Sempre foi assim, sempre será. Ainda pré-históricos, os homo se agrupavam para se fortalecer e se defender dos predadores. É um aprendizado antigo.
Hoje para uns o foco pode ter mudado, a nobreza da causa idem, mas todos nós necessitamos de convivência. Sem exceção.
O que vejo, é que muitas pessoas, mesmo imbuídas de causa nobre da convivência, o faz de forma egoísta e até autoritária. E deixam de fazer a sua parte nessa missão, deixando ao outro todas as tarefas e ônus do processo de convivência, fazendo dele um serviçal a seu dispor. E esquece que isso não se trata de mera conquista de convivência, mas de aquisição pela ordem, pelo poder.
Que cada um de nós saibamos o valor desse fenômeno, que é estar perto de outras pessoas. Que saibamos ser agradáveis e necessários, na mesma medida em que desejamos do outro.
Que sejamos importantes. Que nossa ausência, em ocorrendo, provoque uma lacuna, uma saudade. E não um alívio.