O PODER DA LINGUAGEM
Talvez muitas pessoas não saibam, mas escrever com desenvoltura é uma arte das mais sofisticadas e mais relevantes ao conhecimento humano. É através da palavra escrita ou falada que alguns homens têm subido às rampas do poder político.
O retoricismo, ou a arte de bem argumentar, nem sempre é de autoria do seu manifestante, principalmente quando a retórica se manifesta na forma da escrita. Geralmente, pessoas mais afinadas com a linguagem redigem os textos, servindo de ponte entre o manifestante e o alvo a ser atingido. Retorismo este que se tornou profissionalizante aos fazedores de retóricas interessados apenas em ganhar algum dinheiro com a tarefa de redigir textos de manifestação política. Usando o dom da palavra, pessoas anônimas têm levado às grandes massas o poder dos seus pensamentos articulados, de suas artimanhas lingüísticas, conduzindo políticos inexpressivos à berlinda da tramóia politiqueira.
O poder da linguagem tem sido exercido de forma inadequada pelos seus manifestantes, argumentado, quase sempre, por homens anônimos dotados do retoricismo. E o poder da linguagem, que foi dado ao Homem por Deus, para interagir socialmente e harmonizar o convívio salutar entre os povos, fica privado da sua verdadeira intencionalidade vocacional de justamente preservar a liberdade e o comportamento diferenciado dos povos do nosso planeta. A linguagem que deveria ser o veículo da comunicação social, de forma plena e absoluta, torna-se um terrível obstáculo ao Bem Comum das nações unidas e imbuídas do mesmo ideal: a paz mundial! A politicagem tem feito uso deste tipo de poder da linguagem, criada por indivíduos que visam apenas em ganhar algum dinheiro, para enganar as massas oprimidas, usando a demagogia para ludibriar e manter os trabalhadores conformados nas suas bolhas viscosas da utopia. Utopia por acreditarem na retórica política de que seus direitos estão sendo atendidos e respeitados conforme o estabelecimento e a justiça da constituição. O poder da linguagem invade os textos da constituição, alargando, sempre, o poder da classe predominante em detrimento das classes menos favorecidas.
O poder da linguagem não se limita ao poder político e ao poder jornalístico, que divulga os noticiários, mas, ainda que pareça contraditório, no meio artístico, em todos os tipos de arte, encontramos artistas comprometidos com o poder econômico, poder político e poder religioso. São artistas capitalistas, materialistas, que enganam as massas com suas fórmulas artísticas desprovidas de solidarismo. É evidente, portanto, que o poder da linguagem é quem interfere diretamente com o conformismo ou inconformismo da classe trabalhadora. É por isso que grandes artistas vivem em condições subumanas, sufocados, com suas artes revolucionárias, à margem da sociedade. É muito difícil a penetração de seus pensamentos espirituais e humanitários, tanto que, muitas vezes, somente após a morte destes grandes artistas que a arte começa a vingar. E é sempre o interesse financeiro que primeiro impulsiona a arte revolucionária. Depois de muito tempo sendo veiculada, passa a ser assimilada e compreendida, avançando, desta vez, o progresso da humanidade. E é assim que fica evidente o poder que a linguagem, sobretudo a escrita, exerce sobre os destinos das nossas sociedades humanas, humanizando-as, quando a linguagem é límpida e transparente; amortecendo-as, quando a linguagem é obscura e obtusa. Como identificar qual destas duas linguagens está sendo aplicada no campo social é a grande complexidade que aparece em nossas grandes questões sociológicas e humanitárias. Os sociólogos é que devem tentar responder as minhas investigações teóricas do comportamento da linguagem no desenvolvimento social dos povos.
Eu sou apenas um artista. Um pobre artista que já chegou aos cinqüenta e dois anos sem ter conseguido achar um meio disponível, para, com destreza, exercer o verdadeiro poder da linguagem que revoluciona os hábitos e os costumes ultrapassados da nossa humanidade tão sofrida. Carrego a sina dos artistas abandonados na obscuridade, sem ter acesso aos grandes meios de comunicação. Ainda que eu tenha uma linguagem etérea e cristalina, tenho dificuldades de manifestar o teor do meu pensamento artístico às grandes massas oprimidas. Mas a dificuldade econômica tem sido a mola propulsora que impulsiona a minha criatividade artística. Mesmo que eu tenha que morrer sem encontrar o reconhecimento do meu trabalho, ainda assim, não deixarei um só instante de manifestar o poder da minha linguagem em prol da evolução da humanidade.
Talvez muitas pessoas não saibam, mas escrever com desenvoltura é uma arte das mais sofisticadas e mais relevantes ao conhecimento humano. É através da palavra escrita ou falada que alguns homens têm subido às rampas do poder político.
O retoricismo, ou a arte de bem argumentar, nem sempre é de autoria do seu manifestante, principalmente quando a retórica se manifesta na forma da escrita. Geralmente, pessoas mais afinadas com a linguagem redigem os textos, servindo de ponte entre o manifestante e o alvo a ser atingido. Retorismo este que se tornou profissionalizante aos fazedores de retóricas interessados apenas em ganhar algum dinheiro com a tarefa de redigir textos de manifestação política. Usando o dom da palavra, pessoas anônimas têm levado às grandes massas o poder dos seus pensamentos articulados, de suas artimanhas lingüísticas, conduzindo políticos inexpressivos à berlinda da tramóia politiqueira.
O poder da linguagem tem sido exercido de forma inadequada pelos seus manifestantes, argumentado, quase sempre, por homens anônimos dotados do retoricismo. E o poder da linguagem, que foi dado ao Homem por Deus, para interagir socialmente e harmonizar o convívio salutar entre os povos, fica privado da sua verdadeira intencionalidade vocacional de justamente preservar a liberdade e o comportamento diferenciado dos povos do nosso planeta. A linguagem que deveria ser o veículo da comunicação social, de forma plena e absoluta, torna-se um terrível obstáculo ao Bem Comum das nações unidas e imbuídas do mesmo ideal: a paz mundial! A politicagem tem feito uso deste tipo de poder da linguagem, criada por indivíduos que visam apenas em ganhar algum dinheiro, para enganar as massas oprimidas, usando a demagogia para ludibriar e manter os trabalhadores conformados nas suas bolhas viscosas da utopia. Utopia por acreditarem na retórica política de que seus direitos estão sendo atendidos e respeitados conforme o estabelecimento e a justiça da constituição. O poder da linguagem invade os textos da constituição, alargando, sempre, o poder da classe predominante em detrimento das classes menos favorecidas.
O poder da linguagem não se limita ao poder político e ao poder jornalístico, que divulga os noticiários, mas, ainda que pareça contraditório, no meio artístico, em todos os tipos de arte, encontramos artistas comprometidos com o poder econômico, poder político e poder religioso. São artistas capitalistas, materialistas, que enganam as massas com suas fórmulas artísticas desprovidas de solidarismo. É evidente, portanto, que o poder da linguagem é quem interfere diretamente com o conformismo ou inconformismo da classe trabalhadora. É por isso que grandes artistas vivem em condições subumanas, sufocados, com suas artes revolucionárias, à margem da sociedade. É muito difícil a penetração de seus pensamentos espirituais e humanitários, tanto que, muitas vezes, somente após a morte destes grandes artistas que a arte começa a vingar. E é sempre o interesse financeiro que primeiro impulsiona a arte revolucionária. Depois de muito tempo sendo veiculada, passa a ser assimilada e compreendida, avançando, desta vez, o progresso da humanidade. E é assim que fica evidente o poder que a linguagem, sobretudo a escrita, exerce sobre os destinos das nossas sociedades humanas, humanizando-as, quando a linguagem é límpida e transparente; amortecendo-as, quando a linguagem é obscura e obtusa. Como identificar qual destas duas linguagens está sendo aplicada no campo social é a grande complexidade que aparece em nossas grandes questões sociológicas e humanitárias. Os sociólogos é que devem tentar responder as minhas investigações teóricas do comportamento da linguagem no desenvolvimento social dos povos.
Eu sou apenas um artista. Um pobre artista que já chegou aos cinqüenta e dois anos sem ter conseguido achar um meio disponível, para, com destreza, exercer o verdadeiro poder da linguagem que revoluciona os hábitos e os costumes ultrapassados da nossa humanidade tão sofrida. Carrego a sina dos artistas abandonados na obscuridade, sem ter acesso aos grandes meios de comunicação. Ainda que eu tenha uma linguagem etérea e cristalina, tenho dificuldades de manifestar o teor do meu pensamento artístico às grandes massas oprimidas. Mas a dificuldade econômica tem sido a mola propulsora que impulsiona a minha criatividade artística. Mesmo que eu tenha que morrer sem encontrar o reconhecimento do meu trabalho, ainda assim, não deixarei um só instante de manifestar o poder da minha linguagem em prol da evolução da humanidade.