Campanha de covardes do PSDB
A situação de Serra nessas eleições é vexaminosa, sofro de vergonha alheia por uma oposição mesquinha e acovardada. O medo de contrariar ou criticar Lula é tão grande que, em vez de sustentar a filosofia conservadorista de uma direita que se preze, o PSDB busca mostrar similaridade filosófica e tenta, a todo custo, inclusive vinculando a imagem do presidente à Serra, se mostrar herdeiro do legado Lulista. Desespero, contradição, covardia? Talvez um pouco de tudo. O fato é que vale tudo para alcançar o poder, até se mostrar ao lado da oposição extrema de modo fantasioso. Em vez de buscar nas raízes de seu partido, lá no Governo FHC, argumentos que solidifiquem suas propostas, o vampiro Serra tenta sugar da imagem de um petista subsídios que justifiquem sua candidatura.
Sem dúvida alguma vai ser uma das derrotas mais humilhantes do PSDB nas eleições presidenciais. Hoje, o periódico El Pais, da Espanha, publicou uma reportagem falando sobre a queda repentina de José Serra na Eleições. Segundo o jornal a campanha da oposição foi “suave” e “totalmente errada”. Concordo! Será que faltaram sanguessugas, mensalões, CPIs? Não sou a favor de uma campanha denuncista e terrorista que busca apavorar a população para impedir a candidatura alheia de se concretizar, mas os fatos estão expostos e devem ser relembrados. Afinal, é através deles que não cometeremos os mesmos erros. Alguém poderia explicar o encolhimento da oposição a um partido que conta com o apoio fervoroso de Zé Dirceu, Collor, Jader Barbalho, José Genoino, Renan Calheiros, entre tantos outros dessa corja de ladrões?
Lula faz uma campanha suja a favor de Dilma Roussef, pois tenta inibir a liberdade de imprensa deste país e continua deixando transparecer sua linha Chavista de endemonizar quem não é a favor de seu Governo. A mais nova de suas pérolas foi declarar que o DEM, partido constituído legal e democratizamente, deve ser “extirpado” do cenário político nacional. Sem dúvida uma bela demonstração de democracia. Inclusive, foi nela que baseou o seu populismo e arrecadou para si milhões de almas brasileiras que, cegas, não conseguem ver fatos irrefutáveis e que, surdas, não conseguem ouvir a voz da boa e velha razão.
Marina Silva não ta nem lá nem cá, não sabe se vai ou se fica: busca o impossível. Quer governar sem considerar as correntes políticas existentes e sugere a utopia de que contará com o apoio de todos os partidos para alavancar o desenvolvimento deste país. Muito bonito e louvável, mas não vai dar certo. Num país onde a corrupção é, basicamente, o motivo pelo qual milhares de populares buscam se eleger, esta mulher fala de extinguir o desvio de verbas públicas e acabar com a sujeira. Será a Redentora que estávamos esperando? Talvez seja um sinal dos céus, ou apenas uma inocente mulher, ou quem sabe mais uma espertalhona para nos enganar.
Diego Rodrigues
Jornalista