Por favor, nesta crônica, a única coisa que peço ao leitor é: não me cobre minudências jurídicas e institucionais.
Por Airton Soares
O breve relato que ora faço não requer arroubos de sabedoria. É questão de bom senso e... no mais o que sofremos na pele.
O conflito de competência entre o poder militar e o poder político civil tem merecido atenção da comunidade nacional e internacional. O óbvio: dentro de cada cidade existe uma favela, um bairro, uma área, enfim, que sobrevive basicamente do tráfico de drogas. Mas do que ninguém, a polícia e outros órgãos correlatos conhecem capilarmente toda sua fisiologia.
No entanto, não podem fazer quase nada. Uma justificativa: os policiais estão em condições inferiores em termos de tecnologia armamentista.
E tem mais: a TI ainda não conseguiu sequer impedir que os bandidos comandem [ via celulares] suas operações diretamente de suas luxuosas celas. Me engana quEu gosto!
Em outra esfera do poder, o que se sabe é: as Forças Armadas nada podem fazer. É inconstitucional...não é de sua competência combater o crime mais do que organizado. Ora, mas se estamos diante de uma guerra, [mundial!] e guerra é guerra!
Agora veja: é inconstitucional proteger a população das quadrilhas [grupos econômicos!], enquanto as armas e munições dessas “Forças” se enferrujam nos bélicos e portentosos galpões das corporações militares? Parruda piada!
Nestas linhas terei sido ingênuo em fazer este tipo de observação? Possivelmente, mas é o que sinto e o que vejo. É a minha realidade. A realidade do meu vizinho e a do vizinho do meu vizinho. E todos nós temos vizinhos e habitamos as cidades.