VALE A PENA CONFERIR – A FLOR E O BOTÃO:SOM, RUÍDO E BRISA
ELE é o que se pode chamar de poeta apaixonado e apesar de moço, um amante à moda antiga.
ELE, que faz do amor um tema recorrente em sua prosa poética e o faz, não de uma forma comum, mas fala de “um amor que se fortalece através das palavras escritas, ditas com mais suavidade e não com superlativos caricatos que apenas tornam pejorativas as cenas imaginadas da paixão”, conforme suas próprias palavras dirigidas aos seus leitores.
ELE, que é capaz de se deixar levar pela insônia em busca de uma frase, uma palavra jamais dita pra presentear a sua amada; que é capaz de fixar o olhar numa aranha tão solitária quanto ele naquele momento, imaginando-a em busca de uma companheira para se agasalhar, falando em sua língua de “aranhês”, frases copiadas e plagiadas de antigas aranhas poetas pouco importando repeti-las por ser mais sábia do que ele, reconhecendo a impossibilidade de ser original nas coisas do amor.
Afinal, de quem falo? Do escritor/poeta RAIMUNDO ANTONIO DE SOUZA LOPES, um dos nossos colegas recantistas que acaba de lançar mais um livro de prosa poética, sob o titulo “A FLOR E O BOTÃO: SOM,RUÍDO E BRISA”, que no dizer do jornalista Mário Gerson, que prefaciou, é um “pequeno conjunto de histórias – algumas de certa forma, picantes ou com um tom de erotismo que não beira o banal – podemos encontrar um poeta (sim, por que não?), um poeta que mergulha na beleza da prosa e extrai de seu âmago a matéria para o seu trabalho de cronista, pincelando com poeticidade esses momentos simples e em alguns casos extraordinários que nos acontecem poucas vezes durante a nossa frágil, simplória e transitória existência”.
Posso ainda acrescentar, que o livro do Raimundo é uma leitura recomendada, principalmente para os de alma poeta e que vê no amor um sentimento capaz de suplantar todo e qualquer outro sentimento menor. Confira.