1969


        Novo ano! Nova experiência.

        Fui removida para a Escola Joaquim Basílio onde compunha a direção as professoras Maria Marli Medeiros, Maria Beatriz Pinheiro Feijó (minhas primas em 2° grau) e Maria Bernadete Silva Cavalcanti.

       Durante este ano lecionei na turma de admissão ao ginásio composta por alunos inteligentes e muito estudio sos, sobressaindo-se entre eles Gonzaguinha, Vanda Gomes, Gilmair Arrais, Neurian Santana, Geraldo Mangueira e outros mais.

        Residíamos agora na rua nova, como era conhecida pelo povo, ou rua do buraco, segundo João de Louro. Era a primeira rua do loteamento do terreno de vovó Luzia, a atual Balbina Viana Arrais.

       Raimundo foi admitido pela ASTEP, inicialmente co mo operário (01/03) e logo foi promovido a motorista (01/07).

       Iniciamos a construção da nossa casa, no terreno da rua do Araújo (hoje Manoel Inácio de Lucena), com tijo los fabricados no Sítio Pocinhos, de propriedade do meu so gro, Expedito Leite de Figueiredo.

        Era sempre muito divertido quando íamos ver a obra. Roberto galopando no seu cavalo de pau, com cabeça de plástico, nos precedia; enquanto à certa distância, observávamos o seu entusiasmo e fazíamos planos para o futuro.

      No início do segundo semestre o povo brejo-santen se tomou conhecimento, através do jornal e da TV, do fato mais marcante para a humanidade até então: a chegada do ho mem à lua.O dia vinte e um de junho ficou gravado na mente de todos. Uns emocionados aplaudiam a grande proeza; ou tros, incrédulos, discordavam de tal acontecimento.Como poderia o homem pisar a lua? Aquela que foi sempre cantada pelos poetas e exaltada pelos namorados? Impossível!!!

        O natal deste ano foi comemorado para os que fazi am a ASTEP e familiares com tudo que tinham direito, até mesmo com a presença do Papai Noel distribuindo presentes para as crianças que registraram o momento, em fotos.

      Minhas irmãs, Marizete e Maria Lúcia, concluíram o Normal Pedagógico. Que alegria! E para completar nossa fe licidade comemoramos jubilosos a formatura de Erivaldo, o mais novo advogado de Brejo Santo.

        Fomos, nesta década revolucionária, presenteados pela música de Tom Jobim, Caetano, Chico Buarque e pelas poesias do imortal Vinícius de Morais, entre tantas outras belezas culturais.

Que riqueza!!!