Rascunhos de Um Pensar - Parte 03

É preciso entender que Ciência é como Crença, todas estão certas sem nunca acertarem.

A Terra é tão plana quanto ela é esférica e qualquer das duas visões é sempre um limitante (pelo menos quando plana, podemos cair de suas bordas; quando esfera, não temos para onde cair). Por outro lado, o vazio “intermolecular” da Terra é o mesmo que de todos os Universos e independe dela ser plana ou esférica.

Posso enumerar aqui talvez centenas de revisualizações da Ciência que poderiam ajudar a construir um caminho mais claro, mas vamos tentar falar da Ciência em si. Não tenho a competência ou o conhecimento da história para poder afirmar coisas com a precisão que exigirão de mim, mas pensemos, por enquanto, de forma um pouco mais livre.

A Ciência nasce do homem como talvez uma necessidade de conquistar e preservar explicações. Não sei afirmar porque houve esse apego à matéria, ao palpável, ao que mexe com os cinco sentidos, mas são justamente esses lados do universo que não precisam de explicação. É nesse mundo de sentidos mundanos, tão mundanos que a maioria dos animais os têm, que as coisas acontecem e provavelmente sempre acontecerão segundo uma ordem, um conjunto de regras, e conhecer este conjunto não nos dá qualquer poder transformador sobre ele.

O homem deveria ter se dedicado a entender, sem precisar explicar, as coisas não palpáveis, aquelas que parecem desafiar toda a normalidade que o homem se acostumou a ver. Essas coisas “estranhas” existem e trazem pela sua existência mais informações do que estamos acostumados. É através desses “passaportes” a outros entendimentos que poderemos entender, ou pelo menos vislumbrar, esse Nada.

Nós temos que partir de alguns conceitos, ou o que eu chamaria de idéias desejadas.

Se você quer embrulhar todo o mundo, todo o universo, todo o conhecido e o desconhecido em um só pacote para então poder passear por ele como quiser, temos que derrubar algumas idéias que não se encaixam e inventar outras.

Para se embrulhar o incomensurável, o interminável, precisaríamos de tempo infinito. Como não temos isso, devemos abandonar o conceito de tempo como o conhecemos.

Tempo não é grandeza nem dimensão. Tempo é a forma que escolhemos para brincar de evoluir. Mas é um brinquedo muito chato e também muito destrutivo. Aqueles que acreditam no Tempo precisam criar as teorias de Big Bang, para dar um começo ao tempo. Feito isso, tudo está perdido, amarrado a um conceito inútil.

Quase nos damos conta disso e começamos a pensar em máquinas do tempo, fontes da juventude; os cientistas até tiveram que inventar o tempo negativo, antes do Big Bang, ou mesmo o Big Bang cíclico para tentar preservar o conceito de tempo.

Não há tempo!

George Wootton
Enviado por George Wootton em 16/09/2010
Código do texto: T2502366
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