Um texto anarquista
Há! Há! Há! Vou fugir de vocês, perdido na brenha cinzenta, um erro andante de um sistema perfeito, não faço a mínina questão de fazer parte, sou louco. Vejo suas caras quando olham para mim como se fosse um monstro, de certa forma eu o sou. Não contribuo, não ajudo a manter esse tal sistema, só atrapalho.
Qual é o tamanho do desejo de vocês me flagelarem? De me jogarem numa prisão ou reformatório qualquer só para me manter longe de seus olhos? Assim como na Renascença, depois dela, na sociedade clássica, onde o internato de ontem é a prisão e o reformatório de hoje, porém com um agravante, as drogas. Antes se gastava tudo no puteiro, com o vinho, hoje se gasta com as inúmeras drogas. (São considerados os vagabundos do passado e do presente). Outro agravante, ricos se tornam pobres por causa dessas tais drogas. Antes orgulho de um sistema ideal, hoje um erro para ser esquecido. Faço uma pergunta: A saúde de um homem é perfeita quando suas células são fracas? Podemos tomar remédios, mas quem quer ser dependente de remédios a vida toda?