O teatro das eleições!

Nada mal que nós tenhamos os quatro mais importantes candidatos à Presidência da República, que defendem a Democracia, abominem a ditadura. Esse é um fato. Do outro lado assistimos ao quase endeusamento de um Presidente da República, já em plena arrumação das gavetas de seu gabinete, que tem conseguido, sem muito esforço, transferir votos a outro candidato que até pouco tempo atrás era uma figura meramente apagada no mundo político nacional. Ninguém a conhecia mesmo. Era um japonês em um caminhão de japoneses. Isso não invalida que tenham escolhido alguém para candidato que possua suas qualidades administrativas e políticas desconhecidas pela mídia e que seja um bom candidato. Uma coisa bastante difícil na atualidade, mas jamais impossível. E esse é o caso em voga? Duvido muito!

Por que será que a candidata Marina Silva só iniciou a sua alfabetização aos 16 anos? Por preguiça de investir diariamente nos caminhos tortuosos e alagadiços da Amazônia onde ela morava, ou por outro motivo também contornável? Tenho ouvido e a visto acenando em busca de votos publicando incansavelmente sobre esse pedaço de história de sua vida. Acho que essas coisas ficam melosas demais para serem usadas em campanhas políticas. Eles devem anunciar possíveis obras feitas, suas experiências enquanto legisladores ou outros, isso, sim! Virar um felino manso e ficar mordendo o rabo, fere os olhos do eleitor mais informado.

O Presidente Lula, pelo que a sociedade brasileira sabe só não se tornou um bacharel em alguma coisa porque preferiu investir no emprego de sindicalista e na política partidária. Só não se aculturou como devia porque não o quis. No Brasil que ele viveu era possível um cidadão pobre cursar uma faculdade pública; apenas necessitava esforço e muito estudo. Mas a luta sindical que ele abarcou o impediu de concluir uma faculdade ou um mestrado ou qualquer outra coisa mais. É muito fácil culpar A ou B por nosso próprio insucesso. Não é para todos a coragem e a disposição para os estudos e ou para o trabalho.

Precisamos fazer uma avaliação seria e imbuída de muita reflexão e não nos deixarmos ser envolvidos pela emoção, principalmente quando certos candidatos discursam falando de suas perdas familiares melosas, suas dificuldades em terem chegado onde chegaram. Jamais nos esqueçamos que um homem não se mede pelo que ele sabe, mas pelo que ele faz com o que sabe. Lamúrias não deve ser subsídio de campanha eleitoral. Devemos olhar profundamente é pelo passado assustador de alguns candidatos que, hoje, vestidos de cordeiros, jamais deixaram de ser os lobos perigosos do passado. Vamos olhar dentro de seus olhos e tentar descobrir os malandros que possuem uma boa oratória, os maquiavélicos que choram em público e que até no nome de seus mortos falam tentando sensibilizar os tolos que os ouvem.

Se votarmos com a emoção, continuaremos a eleger os transgressores da Constituição Federal, como recentemente soubemos que aconteceu no município de Dourados, no Estado de Mato Grosso, a duzentos quilômetros de Campo Grande, e, portanto, nas barbas do poder central daquele Estado, onde a Polícia Federal prendeu o Prefeito da cidade, a primeira dama e os membros da diretoria da Câmara Municipal , ficando a população local à deriva dos mandos administrativos e políticos. É isso o que dá votar em cafajeste, homens ordinários descomprometidos com a ética e a lisura no trato com a coisa pública. Não me canso aqui de estar alertando para uma votação correta, uma escolha justa, uma visão política bem centrada nos reais interesses sociais. Pagaremos muito caro se errarmos o voto.

Repito, esse caso aqui descrito é um caso de extrema transgressão criminosa à constituição, de Incalculável gravidade, mesmo, esse fato. Por isso é que o eleitor deve desdobrar seus cuidados na hora de escolher seus candidatos. Não olhem as fantasias discursivas desses atletas da enganação popular, mas, o caráter desses candidatos, a real presença deles na vida política do país, seu trabalho feito para o engrandecimento do povo. Não estamos realizando um episódio de mágica onde temos que retirar da cartola um “coelhinho branco”. Vamos votar com civismo, determinação, sem se vender a quem quer que seja.