Mais uma vez a campanha eleitoral
Chegamos neste ano ao ponto mais baixo em que a politiquinha nacional conseguiu. Não temos partidos políticos e nem nunca os tivemos. O que se ve é, como sempre, uma fogueira de vaidades, um continuismo, onde ninguém apresenta plataformas sustentáveis de governabilidade e democracia. Isso se deve ao fato de nunca ter sido possível estimular debates de propostas factíveis por absoluta falta de educação política do povo. Restam apenas os nanicos que podem prometer o Jardim do Éden, um paraiso de rios de leite e mel, com maná caindo dos céus, pois sabem que jamais terão de cumprir as promessas. Todos os programas partidários atestam uma mesmice de objetivos, como se fossem cópias um do outro. O continuismo é a arma usada para a manutenção do estado de coisas onde após os ataques, os dois lados que polarizam o pleito irão se sentar à mesa para repartir os despojos segundo normas internas do tempo do descobrimento, onde cada uma sairá com seu butim, satisfeito e de mãos dadas, rindo dos idiotas do povo. Os nanicos, por sua vez, também se diviirão segundo parametros pré estabelecidos, e como cães ficarão com as migalhas que cairem da mesa do banquete. E tome campanha política novamente daqui a dois anos, quatro anos, seis anos, oito anos, assim indefinidamente com as mesmas caras, os mesmos candidatos, as mesmas bobagens. De real, só a mesma decepção de uns poucos, e o descrédito de muitos.