CARA OU COROA? PAR OU ÍMPAR?

Cara ou Coroa? Par ou Impar?

Poderia também se colocar neste jogo ainda o Bem me quer, Mal me quer, e sabe-se lá mais quantos tipos de sorteios que alguns não poucos usam para decidir suas vidas. Tem até aquela do palitinho quebrado, quem ficar com ele, perde ou ganha, conforme o acordo antecipado.

Porque às vezes fica muito difícil pensar de maneira simples e racional, e também porque a maioria tem medo depois de assumir a responsabilidade pela escolha, prefere-se tirar a sorte. Mas mesmo o que der, cara ou coroa, par ou impar e assim por diante, não são poucos aqueles que vão justamente ainda decidir pelo contrário que o sorteio apontou. Uns dizem que é por superstição e outros, ora, porque sempre vai contra aquilo que seu sorteio lhe aponta. E não importa que até hoje tenha sempre escolhido o errado, e o que a sorte lhe indicou veria depois, era a escolha certa.

Mas o mais complicado de todos é aquele que escolhe para tirar a sorte fazendo o cara ou coroa com uma caixa de fósforos. Se não complicado, pelo menos ao mais folgado. Claro! Porque se por acaso a caixa ficar de pé em um dos lados com misto, ele bem que tentou, mas a decisão terá mesmo que ficar para um próximo sorteio, numa outra hora. Nunca agora!

Mas tem também os azarados que, por mais que tentem, ficam sempre no empate. A moeda uma hora fica escorada de pé em uma parede, outra presa em uma falha no assoalho ou pedra, e assim por diante. E se forem para o par ou ímpar, saem sempre os dois com a mão fechada, ou seja, um blefe duplo, para uma dupla de blefes.

E então? O que vai ser? Par ou ímpar, cara ou coroa, Bem me quer...?

Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante, membro da AGEI, Associação Gaúcha dos Escritores Independentes. Esta coluna está em mais de setenta jornais impressos e eletrônicos no Brasil e Exterior.

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