Eu por mim...
Eu sou egoísta, teimosa, cabeça dura mesmo, sou meio vulgar, meio cruel, meio vingativa, sou meio altista, meio esquisita, mas defina o que é normal? Sou briguenta, rabugenta, antipática, as vezes, muito as vezes sou simpática e legal, falo pouco, alias nem gosto de falar, sou o mais racional que eu consigo, não gosto de sentir, então falar sobre isso menos ainda, sofro em silêncio, amo em silêncio, as vezes brigo em silêncio. Esqueço nomes e rostos, não sei o numero do meu telefone, adoro feriados pra dormir, mas odeio essas “festas em família”, que não tem sentido nenhum. Sou desastrada, desligada, metida, inconveniente, as vezes penso de mais pra falar, as vezes falo sem pensar, já tive medo do escuro, agora a escuridão é meu refugio, tenho saudades de tempos que passaram, quando eu brincava de boneca e achava a vida divertida, quando eu acreditava em contos de fada, papai Noel e anjo da guarda, mas as vezes odeio me lembrar do que já aconteceu, tenho um lado narcisista, como todo mundo, me acho feia, sem graça, e nem por isso tenho problemas de auto estima baixa, sou complicada, confusa, chata, odeio mentiras, odeio acordar cedo, odeio domingos, sou tímida e sou louca, não sei e nem me importa todas as verdades do mundo, já tive sonhos desfeitos, já levei foras, já me apaixonei, já odiei sem motivo, já invejei, já causei ciúmes, já fiquei enciumada, já briguei com quem não queria, já perdoei sem saber se devia. Sou meio patética, meio antiquada, sou meio lunática, meio distraída, gosto de coisas simples e outras complicadas, já fiz coisas das quais me arrependi, mas me arrependo muito mais das coisa que deixei de fazer por me importar com os outros, agora a opinião dos outros não é o principal, já tomei porre pra esquecer, porre pra comemorar, porre só por tomar. Não gosto do sol, eu fala bobagens e besteiras, eu brigo a toa, eu não sei muito bem me desculpar, eu odeio chorar, eu não gosto de sorrir, eu afasto as pessoas de mim, eu realmente tenho o dom de afastar as pessoas de mim. Sinceramente eu sou um caos, que nem eu sei como explicar, enrolada e desvairada, levando a vida do jeito que dá. Só não me contento mais com pouco, porque pouco não basta, acho que nem muito bastaria, quero o máximo que eu puder ter, o máximo que eu puder fazer, o limite do medo e da coragem, me descobri forte, quando achava não ser mais capaz de nada, me descobri viva, quando queria morrer, me descobri inteira, quando me vi em pedaços, quando eu estava mal, eu soube que ficaria bem, porque cada tombo, cada dor, só me fortaleceu . Eu não quero morrer com vontades. Eu não quero viver pela metade, eu não quero quase, nem talvez, eu pretendo morrer jovem, eu não pretendo ter filhos, e se tudo que eu sou for errado, tudo bem, ainda sirvo de um bom exemplo do que não ser! Tenho segredos que escondo de mim, ajo de acordo com a situação e o lugar, isso não faz de mim falsa, apenas faz existirem várias de mim em mim, qual eu gosto mais? Qual a que prevalece? Nem eu sei! Mas me diz qual tu prefere?