Rascunhos de Um Pensar - Parte 01

Esse negócio de ficar remoendo idéias e explicações, ficar lendo e pensando, brincando de entender é uma coisa muito louca.

Agora brinco de conquistar a ciência da forma que ela menos imagina. Brinco de não negá-la mas sim entendê-la como um dos limitantes do ser humano. Brinco de mostrar que ela pode ser usada como uma forma mágica de ser burlar todas as leis que aprendemos existir.

Quero poder atravessar uma parede, flutuar, sair do meu corpo e voltar, morrer e desmorrer.

Quero estar em todos os lugares, um por vez pois não quero ser onipresente, sem precisar viajar.

Quero entender as doenças, não para curá-las mas para fazê-las desistir de destruir.

Aprendi que dois corpos se atraem com força proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Deveria ter aprendido que dois corpos se atraem porque há distância entre eles.

Aprendi que uma ação sempre causa uma reação em sentido oposto e de igual intensidade. Deveria ter aprendido que isto só acontece porque elas querem manter sua individualidade. Se quisessem ser mais, somariam e não reagiriam, destruindo a outra lei, aquela da conservação da energia.

Aprendi muitas coisas chamadas ciência. Mas acho que aprendi os lados errados dela. Aprendi que os átomos são pequenas partículas cercadas de muito vazio e que as energias destas partículas garantem seus espaços. Deveria ter aprendido que há muito vazio cheio de energia e salpicado de partículas, porque o vazio assim o permite.

Então...

Se eu conquistar este vazio, fazer dele o meu verdadeiro ser, terei conseguido ser o éter dos antigos, que tudo explica, tudo preenche.

A frase que diz que o nada existe pode parecer absurda mas não existe nada mais presente, mais desvinculado do tempo, mais sem dono e sem interesse que o nada, o vazio. O verdadeiro Vazio.

Não existe nada mais simples. Não há nada que permeie os universos com tanta eficiência quanto o Nada.

Se eu puder fazer parte do nada de forma coerente, terei conquistado o Todo sem nenhum esforço e sem nenhum conflito com cada um dos proprietários de cada pedacinho deste Todo.

O que me separa da Lua, que brilha neste momento nos céus noturnos de Glastonbury? Nada... se eu souber navegar por esse nada chegarei lá num nada de tempo...

George Wootton
Enviado por George Wootton em 14/09/2010
Código do texto: T2498330
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