Esses moços, pobres moços

Esses moços, pobres moços.

Valemo-nos de Lupicínio Rodrigues para chamar atenção de nossa juventude para o descaramento com que os famosos “picaretas”, assim cunhados por Lula, insistem em continuar com o despudorado vilipêndio para achacar inocentes cidadãos. Ah, se esses moços soubessem o que eu sei. Leriam mais; se informavam mais; protestavam mais e não ficavam alheios aos descarados conchavos políticos que, entre galhofas protagonizadas por fanfarrões, solapam nossos direitos e nos impõem obrigações, muitas delas impostas ao arrepio da Lei. Exemplo desse tipo de imposição ocorreu agora com a decisão do Supremo em obrigar o INSS a repor valores de benefícios concedidos a mais de um milhão de aposentados. Acreditando que o governo faz tudo certinho, os humildes beneficiários alimentam hoje, a esperança de que, o que lhes é devido, lhes será pago. Sem o menor escrúpulo, o mesmo governo que solapa e engana, já espalhou uma bomba de ensaio, dizendo que vai reparar o erro, mas não sabe quando. Diante de situações como esta, somos levados a duvidar dos cálculos da Previdência Social, em qualquer informação que dela parta, pois como alertamos em MACAMBÚZIO ( artigo de nossa autoria e publicado em 28.08), o presidente Lula tomou a decisão de vetar a extinção do fator previdenciário, levando em conta uma mentira gestada por seus ministros da previdência e da fazenda e desmentido pelo seu “aloprado” senador Paim (este disse para os que assistem a TV Senado, que a previdência não é deficitária). Se nossa juventude pensar bem vai renegar a possibilidade de trabalhar contribuindo para o INSS, pois quando não mais moços forem, irão sentir a decepção de passar 35 ou até 40 anos contribuindo com a previdência social brasileira e, quando chegar a época de resgatar o que lhes é devido, é tomado pela sensação de vergonha por ter sido honesto; de ter estudado, se preparado para conviver numa sociedade plural e ser forçado a aceitar inverdades de despreparados, incompetentes e com má formação de caráter. Essa triste conclusão leva-nos a concitar os jovens a ficarem atentos e não formarem fileiras com a turba interesseira e venal, a fim de que se preserve o orgulho de uma nacionalidade, conquistada por homens e mulheres dos quais nos orgulhamos, mas que hoje se encontra tão ultrajada por borra-botas, como diria um dos personagens da televisão brasileira. Há que se pensar alto sem pensar em queda; há que se gritar verdades sem medo dos embusteiros; há que se ter esperança sem precisar falar em medo; há que se preservar a morada do sonho, mesmo chutando o pau da barraca.

Rui Azevedo - Professor

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 13/09/2010
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