Se alguém perguntar por mim ...

SE ALGUÉM PERGUNTAR POR MIM ...

(por Rosalva Rocha – 13/09/2010)

Diga que ando caminhando por entre milhões de idéias e que, muitas vezes, acabo me confundindo com elas.

Que minha saúde está boa, mas a alma as vezes um tanto atormentada com o que tenho me deparado por aí.

Que, apesar da idade, sinto-me ainda muito jovem para traçar novos caminhos e lutar para aprender sempre.

Que continuo gostando do azul e que, quando não estou muito bem, costumo imagiinar um flash de luz azul violeta caindo sob a minha cabeça.

Que as minhas manias de virginiana estão se espairando pelos ares, por pura falta de sentido.

E que o sentido mais próximo de mim é o de ser feliz.

Que continuo acreditando que de minhas mãos há muito o que ser produzido e que a arte continua fazendo parte da minha vida de uma forma que muitas vezes eu não entendo.

Que continuo valorizando os que me querem bem e “tirando de letra” os que querem viver absolutamente dentro do seu casulo.

Que continuo gostando de gente e fazendo dessa gente a minha vida.

Que continuo escrevendo mesmo que, em muitas ocasiões, vários escritos sejam jogados no lixo.

Diga-se de passagem, estou em uma fase que muitas coisas estão sendo colocadas no lixo. Lixo para tudo o que não vale a pena.

Por favor, não esqueça de dizer que vez ou outra fico muito triste mas que, subitamente, acordo no dia posterior com uma energia que me surpreende.

Que não tenho mais paciência para “entender” o que até aquí não entendi e

Que tenho buscado aprimorar o que nasci aprendendo.

Diga que sou carente, muito embora não transpareça isto.

Que sou uma criança, muito embora me vejam como uma mulher.

Que sou frágil e que, em muitas situações, viro-me do avesso para fazer o que considero inútil, embora necessário para viver neste mundo

Que não tenho medo de pedir socorro quando se faz necessário

E que este socorro é a mais pura manifestação de que não sou completa.

Rosalva
Enviado por Rosalva em 13/09/2010
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