ANALFABETOS EMOCIONAIS
Aprender a ler e escrever é, entre outras coisas, tornar-nos sujeitos de nossa comunicação. O analfabeto está à margem e excluído por permanecer figurante quando deveria ser protagonista.
E os analfabetos emocionais? O que tornaria o ser humano objeto e não sujeito de suas ações?
Suponho que a "cartilha" para escapar deste analfabetismo seja conhecer a si mesmo e ser capaz de construir vínculos. Saber lidar com as emoções é encontrar uma forma e espaço para expressá-las. Isso deveria começar em casa, junto ao aprendizado das experiências que nos preparariam para a vida. Nos relacionamentos saudáveis somos confrontados e reconhecidos em nosso valor, estimulados a crescer e melhorar. Se a orientação promover o desenvolvimento da personalidade entenderemos a responsabilidade de nossos atos.
Entretanto a consciência é a ponta do iceberg e por isso, nem sempre estamos conscientes do que de fato somos, assim como muitos relacionamentos, ao invés de nos proporcionar, além do prazer, aprendizagem e crescimento, ampliando a base da consciência, despertam a confusão entre o real e o idealizado.
Ao iniciar uma relação amorosa nos apaixonamos por uma idéia e por uma imagem. A idéia representa nossos sonhos, expectativas e desejos levados na bagagem inconsciente para os encontros que temos na vida. A imagem é o que queremos ou conseguimos ver no outro, fruto de projeções e fantasias que habitam nossa alma.
A passagem da paixão para o amor poderia ser definida como o poder do desejo que transformaria o "sonho em realidade"?
Se isto, de fato, acontece, a pessoa vive uma história como autora e protagonista onde saberá "ler e escrever" todos os capítulos (o que não exclui altos e baixos que fazem parte da vida e de toda relação viva). Por outro lado, se o "analfabetismo emocional" domina o cenário nos deparamos com uma série de fracassos e enganos. Os erros serão sempre os mesmos para aquele que ainda não foi alfabetizado em sua alma.
Ergue-se assim, uma muralha de lamentações entre o ser que se vitimiza e o mundo.
Quem não consegue responsabilizar-se por suas escolhas ou compreender e expressar as emoções, confunde o sonho legítimo de viver uma relação feliz e bem sucedida com a recusa a desprender-se das histórias falidas. No final, o que realmente dói é abrir mão do sonho e não da história que sangra por todos os poros.
Muitos sofrem ao sair destes vínculos porque confundem o que viveram com o que desejariam ter vivido. Outros fracassam a ponto de não sustentar o relacionamento nem a separação e perpetuam idas e vindas devastadoras, principalmente quando há filhos e outras relações interrompidas pela incapacidade de "escrever" os capítulos de suas vidas.
É preciso alfabetizar-se, não apenas em letras, para ser autor de sua própria história.
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Aprender a ler e escrever é, entre outras coisas, tornar-nos sujeitos de nossa comunicação. O analfabeto está à margem e excluído por permanecer figurante quando deveria ser protagonista.
E os analfabetos emocionais? O que tornaria o ser humano objeto e não sujeito de suas ações?
Suponho que a "cartilha" para escapar deste analfabetismo seja conhecer a si mesmo e ser capaz de construir vínculos. Saber lidar com as emoções é encontrar uma forma e espaço para expressá-las. Isso deveria começar em casa, junto ao aprendizado das experiências que nos preparariam para a vida. Nos relacionamentos saudáveis somos confrontados e reconhecidos em nosso valor, estimulados a crescer e melhorar. Se a orientação promover o desenvolvimento da personalidade entenderemos a responsabilidade de nossos atos.
Entretanto a consciência é a ponta do iceberg e por isso, nem sempre estamos conscientes do que de fato somos, assim como muitos relacionamentos, ao invés de nos proporcionar, além do prazer, aprendizagem e crescimento, ampliando a base da consciência, despertam a confusão entre o real e o idealizado.
Ao iniciar uma relação amorosa nos apaixonamos por uma idéia e por uma imagem. A idéia representa nossos sonhos, expectativas e desejos levados na bagagem inconsciente para os encontros que temos na vida. A imagem é o que queremos ou conseguimos ver no outro, fruto de projeções e fantasias que habitam nossa alma.
A passagem da paixão para o amor poderia ser definida como o poder do desejo que transformaria o "sonho em realidade"?
Se isto, de fato, acontece, a pessoa vive uma história como autora e protagonista onde saberá "ler e escrever" todos os capítulos (o que não exclui altos e baixos que fazem parte da vida e de toda relação viva). Por outro lado, se o "analfabetismo emocional" domina o cenário nos deparamos com uma série de fracassos e enganos. Os erros serão sempre os mesmos para aquele que ainda não foi alfabetizado em sua alma.
Ergue-se assim, uma muralha de lamentações entre o ser que se vitimiza e o mundo.
Quem não consegue responsabilizar-se por suas escolhas ou compreender e expressar as emoções, confunde o sonho legítimo de viver uma relação feliz e bem sucedida com a recusa a desprender-se das histórias falidas. No final, o que realmente dói é abrir mão do sonho e não da história que sangra por todos os poros.
Muitos sofrem ao sair destes vínculos porque confundem o que viveram com o que desejariam ter vivido. Outros fracassam a ponto de não sustentar o relacionamento nem a separação e perpetuam idas e vindas devastadoras, principalmente quando há filhos e outras relações interrompidas pela incapacidade de "escrever" os capítulos de suas vidas.
É preciso alfabetizar-se, não apenas em letras, para ser autor de sua própria história.
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net