ELE É O CARA

E, lá pelas altas horas da madruga, lá estava junto a minha solidão. E mais uma vez dando início em mais uma campanha dos tantos projetos que eu tanto já fiz. E á partir daquele momento outro teria que fazer em prol de qualquer outro candidato. Pois o que me vinha à cabeça era o pedido que alguém de certo modo me solicitara e que em dado momento algo que supostamente me pagaria. E que nestes dias novamente se repetia. E este certamente eu seria bem pago para não lhe dizer o contrário de tudo que me fora prometido naquele outro projeto infalível.
 
Pois o que faltava era certamente o principal, ou seja, a mola mestra do mundo, aquela que gira por tudo quanto é canto e que muitos lhe chamam de capital. Primeiro de tudo ponderei pra ver se bem chovia na minha horta, duro que nem milho que não vira pipoca eu reclamei, mas depois meditei um pouco para ver se não estava sendo tão radical.
 
Dizem que tudo que se constroí com o dinheiro do povo é do povo, e sendo do povo todo cidadão tem participação em qualquer ação destinada a este mesmo povo. Tudo bem foi aí que me lasquei. Passado já algum tempo...
 
O desgramado do candidato me pediu para que eu fizesse dele um homem do povo trabalhador que nem este nem mesmo a Dona Dilma, ou nosso querido e amado Dr. Serra, e assim que deste eu bem o fizesse para que a todos este viesse convencer. Não deu outra peguei algumas das tecnicas empregadas para se fazer um bom candidato, e usei neste bom senhor, que nada mais é que um sujeito acusado de estupro e aliciador.
 
Mas fiz com que ele fosse um sujeito de carater, digno de levar qualquer eleição no papo, se assim muitos acreditassem nos seus depoimentos, bastante concientes de um bom lider e administrador. Primeiro disse que o mesmo parecia ser um homem do povo com todos seus direitos. Depois, fiz com que o mesmo desse um pouco de testemunho sobre seu partido que de trabalhador, ou mesmo de cristão hoje só tem mesmo o nome, e este vinha com certeza de onde ele avistava sempre o sol nascer quadrado sem ter direito sequer a algum respaldo. Coitado destes...
 
E desta forma, assim fiz o melhor dos candidatos e o povo neste de certa maneira nele votou, fazendo este ser eleito, recebendo elógios, coisa que raramente o mesmo jamais recebeu, pois usava sempre um boné vermelho, uma barba que nem mesmo JC jamais usou, era homem do povo com pouca ou quase nenhuma instrução, menico encanador ou sei lá o que este fez para ser chamado de um tempo pra cá de doutor.  Fora certamente chamado por um destes presidentes de ser realmente o Cara.
 
E o cara de repente outro ser este indicou. Mas, depois de tanto bafáfá com este meu candidato convenci o mesmo deste ser igualmente ao outro que em campanhas passadas tantas palavras a minha frente balbuciou. Portanto, ao termino da nossa conversa eu apenas disse pro mesmo que fazemos qualquer negócio, e destes temos bons exemplos. São eles prefeitos, presidentes, deputados, ou mesmo senador. Coitado daquele homem que por suposto vive só numa sociedade como esta que nem mesmo sabem o que estes fazem por dedicar a este povo tanto amor.

E sendo assim, nossa história sempre, sempre se repete o que muda realmente é a cara do ator. Se por acaso ele  possa pintar a cara melhor pra ele , mas isto tanto faz como tanto fez. Isto a gente faz sem pensar em sentir dor, é só deixar rolar, e relaxa que tudo poderá aflorar se assim preciso for. Tudo se faz por amor, até teatro aqui na nossa Paraíba.