SENTIMENTO OU ENTENDIMENTO
 
Vendo o mundo diferente. Uma maneira de ver o mundo diferente com todos os seus diferentes. Tava aí pensando sem pensar, mais divagando em coisas incertas, deu-me conta que um sentimento insurgia em mim lá das profundezas...
Impotência? Compreensão demais? Insurgir? Surgir lá das profundezas dos nossos desenganos? Quê é isso?
A dor quer nascer, mas a vontade ou o entendimento não a quer saber. Que sensação é essa que é quase mais forte que eu? É o convite que tento construir, compor letras com imagem, enfim, queria fazer um convite bonito à altura do meu livro.
Mas a minha escola foi à clássica da língua portuguesa. Não recebi influência da globalização e nem da americanização e informática e estes tais.
Mas a tristeza se instalou, tanto que até estou escrevendo que, quando a gente escreve a tristeza não agüenta, parece como uma vassoura varrendo-a do espaço invadido. Espaço bom da paz e da alegria.
Eu sei que ela vai passar, está passando. É uma tristeza que estava querendo se instalar e sentar na sala de visita. Mas, no que a mão vai escrevendo com facilidade não preciso teclar para sujeitá-la no seu limite.

Estava a perceber que a minha dificuldade era a facilidade negada dos filhos. Como a querer dizer indiretamente “assuma o seu limite” e nos deixa em paz com a nossa mediocridade de conhecimentos informáticos.

Ao que eu retrucaria: “ok, e aperfeiçoem-se no funk e no afro reage, na bestice da igualdade dos seus pares atuais e vivam suas danças tribais de bundinhas e etecéteras de suas vidas banais”. Acresce a isso que a minha neta Giovanna vai fazer quinze anos no dia 11/09 e nenhum dos filhos faz nada para aproximar e facilitar avó e neta.

Olho pro ar e vejo o pensamento criar uma balança antiga de muito uso, com dois pratos ou medidas. Num a alegria. No outro a dor ou tristeza.
Cerro os olhos encaro esta hipotética balança, é a balança da paz.
Quando se equilibrar os pesos, a paz prevalece e deixa a alegria escolher, ou a outra. Entram em cena o sentimento e o entendimento.

Nada como a paz.