O gosto Doce

Ontem à noite finalmente eu amanheci – não que isso signifique uma noite de sono tranqüila. Mas é sempre no susto que as coisas mudam e iniciam seu sentido, realmente eu necessitava de uma bigorna caindo em cima da minha cabeça para acordar.

Devaneios a parte, tudo faz parte de mais uma fase a de “não vale mais a pena”. A de hoje eu acordei para ser feliz e não importa o que aconteça, estou preparada para isso. Engraçado o caminho, no dia seguinte que apaguei os rastros, achei o livro. Ironias da realidade, diria ela rindo.

Tenho certeza agora que os caminhos novamente se cruzam, mais será tudo que sonhou? Agora que achou a paz, não vale à pena respirar? E em plena noite da despedida, senti sua presença viva. E a minha nova companhia faz a vida cada vez mais bonita. A coragem se dá e finalmente consigo olhar pra dentro e isso me vale mais que uma velha história.

Eu hoje acordei dançando com fadas e já sinto que emagreço. Acordo disposta, sorrio e faço festas – cozinho e acalento todos os meus amores, num almoço em pleno feriado. E foi a bigorna que me caiu na cabeça e as noites de lua que amarelaram a solidão que há tempo eu vivia se materializou em um novo perfume e o gosto doce começa a deixar apenas boas lembranças.