As Voltas Que a Vida Dá
Ontem, ela era a garota popular, sempre de bem com a vida, casa cheia, sempre muito “bem” acompanhada. Sua companhia era disputada a “tapas” por seus “grandes” amigos. Era bem quista, "gente boa", uma amiga e tanto. Pelo menos era assim que os amigos se referiam à ela. Não tinha um dia sequer que ficasse sozinha, pois todos queriam estar em sua companhia.
Hoje, é notório que o que todos queriam era a companhia do apartamento dela, do dinheiro dela e de todas as coisas boas que ela (ou ele – o dinheiro) podiam oferecer.
Pois, bastou uma grande adversidade, esse tipo de peça que só a vida sabe pregar na gente, para que todos estes “amigos do peito” sumissem, como num passe de mágica.
A garota popular sentiu na pele o que é ser abandonada por quase todos.
Digo “quase”, porque, dentre tantos, ficaram os que sempre foram amigos de verdade mesmo. E, estes, nada queriam além da amizade da garota popular. Estes poucos, porém, verdadeiros são a prova de que ainda é possível acreditar em amizade, apenas.
As pessoas não são o que elas vestem, tampouco o que elas possuem, porque matéria é apenas matéria e nunca passará disso, agora, amizade verdadeira é companheirismo, é respeito, é preocupação, é sentimento puro que se transforma em amor eterno.
Nada se leva dessa vida, a não ser os sentimentos bons que construímos nela. Com o tempo vem o amadurecimento e vamos percebendo que, geralmente, as pessoas estão mais interessadas naquilo que podemos oferecer, do que simplesmente em nós mesmos.
É por isso que é importante e essencial que saibamos selecionar quem está conosco para todas as horas, e quem está conosco só nas horas em que somos os “pagantes” numa mesa de bar, numa viagem ou algo do tipo.
Não é à toa que a Terra é redonda. A vida dá voltas, e foi numa dessas voltas que só a vida é capaz de dar que, a garota popular aprendeu a lição que fará toda a diferença em sua trajetória, ou seja, mais vale poucos amigos verdadeiros na "mão", do que centenas de falsos "voando".