ERA UMA VEZ UM BOLÃO DE LOTERIA

Muitos anos atrás, um bolão, entre os muitos bolões para loteria.

O escrevente traz os resultados, anotados na agenda: primeiro prêmio!

Sobem nas mesas, gritam, alguns vão embora. Instala-se a balbúrdia.

Mais tarde, aquele escrevente percebe que há uma nota falha e checa a agenda: Meu Deus! Havia passado os números que eles jogaram. Transcrevera o resultado em outra folha.

Os colegas, que já tinham um pé atrás, porque julgavam – acertadamente – que o colega tinha a pretensão de ser juiz, se enraivecem.

O que fazer? Agüentar, esperar, estudar: o tempo resolveria.



O caso nos foi contado pelo próprio escrevente, há muitos anos juiz e alguns deles o titular de nossa Vara, para ilustrar a dispensa de conferir, eventualmente, o atual bolão do qual participamos.



Se ele ganhasse conosco o bolão? Continuaria a ser juiz, evidentemente.



PS: Caso você conheça o protagonista, não divulgue o comentário se dele constar o nome ou qualquer identificação do magistrado. A história é verídica, curiosa e pública, mas até certo ponto.



Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
 
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