Escolher qual dos filhos salvar......
Acabo de ler uma noticia em que uma mulher britânica, depois de ter perdido o controle da direção do carro que conduzia, foi parar dentro de um rio.
Nas aguas o carro afundou em um instante.
Ela conseguiu sair pela janela, e teve que escolher a quem socorrer o filho ou a filha.
Decidiu agarrar sua filha de apenas 2 anos. Tentou ainda retirar seu filho de 16 anos, que estava preso no banco da frente ao lado do motorista.
Mas, não conseguiu, e rapidamente nadou para fora do rio para deixar a filha em segurança.
Quando ia voltar para tentar mais uma vez salvar o filho, os bombeiros chegaram, e impediram-na de ir, e tentaram eles o resgate, só que ja tiraram o jovem sem vida das aguas.
Em desespero essa mãe gravida de 6 meses, gritava que não tinha conseguido salvar seu menino, e que fora ela que minutos antes do acidente, havia pedido a ele que fechasse o vidro do carro, pois estava ventando.
E dizia ela, se o vidro estivesse aberto, ele teria conseguido sair !
Meu Deus que triste acontecimento na vida dessa mãe, alem do acidente, ter que escolher a quem salvar !
E ainda sentir-se culpada. Como se ja não bastasse a dor imensa da tragedia em si.
Imagino que o coração dessa mãe, deva estar pequenino, murcho, escondido lá dentro do peito. Ela usando toda sua energia, tentando fazê-lo não sentir, se pudesse creio que, ela o congelaria, para que nenhum sentimento pudesse nele habitar.
E só assim deixar de sofrer, essa dor tão imensa.
A unica coisa que consegui na hora que li, foi fazer uma prece do fundo da minha alma a Deus, para que enviasse o alento, de que essa mãe esta tão necessitada para continuar vivendo.
Tragedias como essa, nos levam a pensar na fragilidade da vida, e na intensidade do sofrimento que o ser humano é capaz de suportar.
A mim tocou tão forte e profunda a dor dessa Mãe, que aqui estou escrevendo para promover assim uma catarse de sentimentos, e aliviar meu coração da tristeza que estou sentindo, ao imaginar esse doloroso e fatídico acontecimento.
E fico aqui pensando no coração dessa mulher, que deve estar batendo baixinho, bem baixinho, com medo de despertar o monstro da dor que teima em se manter dentro dele.