A FLOR E O BOTÃO: ENFIM, O LANÇAMENTO
Sexta-feira passada. Onze horas da manhã. O carro que me trazia da capital estacionou em frente à minha casa. Desci, tenso. Aliás, a tensão já me acompanhava desde a terça-feira da mesma semana.
Também pudera! Aquela era a semana que eu ia lançar o meu segundo livro. Então, não era para menos estar tão nervoso. Na minha cabeça, o pensar era dividido entre “vai dar tudo certo” e o “se não der certo, de qualquer forma, valeu a pena”.
Ao entrar em casa, a primeira surpresa: a vinda dos meus filhos para o evento. Vieram os dois: Poliana e Pedro. Juro que não estava programado. Sabe como é, viagem longa, despesas altíssimas; enfim, havíamos combinado que não seria necessário a presença física deles na noite de sexta.
Mas, filho que é filho não deixa pai na mão. Eles não deixaram. Vieram e foram os melhores anfitriões de um evento literário que eu participei. Foram atenciosos com os convidados, solucionaram os pequenos entraves que sempre ocorrem em eventos não organizados por empresas especializadas, e me deixaram a vontade, evitando que eu me estressasse mais ainda.
Aliás, estresse em mim, no dia, era pouco. Se botasse uma lâmpada de 100 watts na minha mão, não se fazia necessário acender mais nenhuma luz na sala onde a noite de autógrafos seria realizada.
À tarde, antes de mais nada, uma participação no Programa “Entre no Clima”, na TCM (Canal de TV de Mossoró). Foi uma boa, pois lá eu consegui relaxar. A produtora, Katriny Rego, e os apresentadores, Dayvid Almeida e Luana Góis, foram simpaticíssimos e me deixaram à vontade. O programa é de variedades e a descontração é a base do roteiro. Lá, os assuntos são diversificados e, se determinado assunto, de última hora, surtir um efeito positivo, o viés se volta, imediatamente, para o lado abordado. Em minha opinião, esse é o dinamismo que tanto se procura na programação de uma emissora de TV. Nada engessado.
Voltando à minha residência, uma ligação da diretoria da Biblioteca Pública, onde eu lançaria o livro A Flôr e o Botão: som, ruído e brisa, pedia-me para ir organizar a sala, pois o evento, que seria realizado antes do meu, havia sido cancelado. Correria. Mais estresse. Leva-se isso. Leva-se aquilo. Liga-se para o pessoal de apoio. Convoca-se os amigos. Enfim, deixa-se tudo pronto para logo mais à noite. Liga-se o ar. Fecha-se a sala. Retorna-se para um banho rápido.
Sete e quinze da noite. Alguns convidados já esperam no patamar da Biblioteca. Eu cumprimento a todos e os convido-os a adentrarem a sala Marieta Lima. Lá, o ar não está funcionando. Um calor de vulcão (com exagero e tudo) nos recepciona. O estresse vai lá para cima. Meu filho soluciona o problema apertando um botão do controle remoto. Tão fácil! É... Para quem sabe e não está nervoso.
Os convidados vão chegando. Cadeiras são postas. Cadeiras ainda faltam. Cadeiras são trazidas dos depósitos. Meu amigo e professor, Raimundo Nonato, faz voz e violão. Eu me deixo levar pelas ondas de uma canção que diz: quem espera que a vida seja feita de ilusão / pode até ficar maluco / ou morrer na solidão / é preciso ter cuidado / pra mais tarde não sofrer / é preciso saber viver... Os livros são postos para a leitura dos convidados. Eu olho, de longe, o meu segundo filho sendo tão bem tratado por todos ali. Dá-me orgulho. Orgulho de pai literário que sabe do valor de uma obra. Do empenho, do sacrifício - alternar o prazer da profissão com a paixão pelas letras, em pequenos e valorizados espaços de tempo -, da produção até o produto final. De lá de onde eu estava, falei baixinho: “o mais fácil, em tudo isso, é escrever, usar a imaginação”.
A minha cônjuge atendia a todos e era só gentilezas. Eu agradecia. Ela tinha sido, nos dias que antecederam ao evento, o pilar mais forte. Foi ela quem distribuiu os convites, quem ligou para Deus e o mundo, providenciou a recepção (junto com a minha comadre Fátima Saraiva) e, ainda por cima, estava elegantérrima, distribuindo simpatia, como se nada estivesse acontecendo.
Minha filha leu uma crônica em poema-em-prosa. Depois mais uma sobrinha, depois a minha comadre. Por fim, a minha vez de falar e agradecer a presença de todos. Falei o essencial. Disse apenas que o projeto era apenas um desejo de pôr, em papel, o pensar mais poético - aquele em que sonhos e fantasias se misturam com a realidade, pois sonhar, disse-lhes eu, faz parte do cotidiano de cada um de nós e, parafraseando o jornalista Mário Gérson, disse-lhes ainda: “o homem inventa coisas para poder fugir da morte”.
Dali em diante, a caneta se fez mágica e autografou cada livro que me foi entregue. Um, dois, três... todos eles. A cada um, eu agradeci. É bom agradecer. Por trás de mim, meus irmãos, a minha mãe, meus amigos e o banner do Grupo Forte Gema, que me apoiou no lançamento pelo segundo ano consecutivo. A todos, meu muito obrigado.
Sexta-feira passada. Onze horas da manhã. O carro que me trazia da capital estacionou em frente à minha casa. Desci, tenso. Aliás, a tensão já me acompanhava desde a terça-feira da mesma semana.
Também pudera! Aquela era a semana que eu ia lançar o meu segundo livro. Então, não era para menos estar tão nervoso. Na minha cabeça, o pensar era dividido entre “vai dar tudo certo” e o “se não der certo, de qualquer forma, valeu a pena”.
Ao entrar em casa, a primeira surpresa: a vinda dos meus filhos para o evento. Vieram os dois: Poliana e Pedro. Juro que não estava programado. Sabe como é, viagem longa, despesas altíssimas; enfim, havíamos combinado que não seria necessário a presença física deles na noite de sexta.
Mas, filho que é filho não deixa pai na mão. Eles não deixaram. Vieram e foram os melhores anfitriões de um evento literário que eu participei. Foram atenciosos com os convidados, solucionaram os pequenos entraves que sempre ocorrem em eventos não organizados por empresas especializadas, e me deixaram a vontade, evitando que eu me estressasse mais ainda.
Aliás, estresse em mim, no dia, era pouco. Se botasse uma lâmpada de 100 watts na minha mão, não se fazia necessário acender mais nenhuma luz na sala onde a noite de autógrafos seria realizada.
À tarde, antes de mais nada, uma participação no Programa “Entre no Clima”, na TCM (Canal de TV de Mossoró). Foi uma boa, pois lá eu consegui relaxar. A produtora, Katriny Rego, e os apresentadores, Dayvid Almeida e Luana Góis, foram simpaticíssimos e me deixaram à vontade. O programa é de variedades e a descontração é a base do roteiro. Lá, os assuntos são diversificados e, se determinado assunto, de última hora, surtir um efeito positivo, o viés se volta, imediatamente, para o lado abordado. Em minha opinião, esse é o dinamismo que tanto se procura na programação de uma emissora de TV. Nada engessado.
Voltando à minha residência, uma ligação da diretoria da Biblioteca Pública, onde eu lançaria o livro A Flôr e o Botão: som, ruído e brisa, pedia-me para ir organizar a sala, pois o evento, que seria realizado antes do meu, havia sido cancelado. Correria. Mais estresse. Leva-se isso. Leva-se aquilo. Liga-se para o pessoal de apoio. Convoca-se os amigos. Enfim, deixa-se tudo pronto para logo mais à noite. Liga-se o ar. Fecha-se a sala. Retorna-se para um banho rápido.
Sete e quinze da noite. Alguns convidados já esperam no patamar da Biblioteca. Eu cumprimento a todos e os convido-os a adentrarem a sala Marieta Lima. Lá, o ar não está funcionando. Um calor de vulcão (com exagero e tudo) nos recepciona. O estresse vai lá para cima. Meu filho soluciona o problema apertando um botão do controle remoto. Tão fácil! É... Para quem sabe e não está nervoso.
Os convidados vão chegando. Cadeiras são postas. Cadeiras ainda faltam. Cadeiras são trazidas dos depósitos. Meu amigo e professor, Raimundo Nonato, faz voz e violão. Eu me deixo levar pelas ondas de uma canção que diz: quem espera que a vida seja feita de ilusão / pode até ficar maluco / ou morrer na solidão / é preciso ter cuidado / pra mais tarde não sofrer / é preciso saber viver... Os livros são postos para a leitura dos convidados. Eu olho, de longe, o meu segundo filho sendo tão bem tratado por todos ali. Dá-me orgulho. Orgulho de pai literário que sabe do valor de uma obra. Do empenho, do sacrifício - alternar o prazer da profissão com a paixão pelas letras, em pequenos e valorizados espaços de tempo -, da produção até o produto final. De lá de onde eu estava, falei baixinho: “o mais fácil, em tudo isso, é escrever, usar a imaginação”.
A minha cônjuge atendia a todos e era só gentilezas. Eu agradecia. Ela tinha sido, nos dias que antecederam ao evento, o pilar mais forte. Foi ela quem distribuiu os convites, quem ligou para Deus e o mundo, providenciou a recepção (junto com a minha comadre Fátima Saraiva) e, ainda por cima, estava elegantérrima, distribuindo simpatia, como se nada estivesse acontecendo.
Minha filha leu uma crônica em poema-em-prosa. Depois mais uma sobrinha, depois a minha comadre. Por fim, a minha vez de falar e agradecer a presença de todos. Falei o essencial. Disse apenas que o projeto era apenas um desejo de pôr, em papel, o pensar mais poético - aquele em que sonhos e fantasias se misturam com a realidade, pois sonhar, disse-lhes eu, faz parte do cotidiano de cada um de nós e, parafraseando o jornalista Mário Gérson, disse-lhes ainda: “o homem inventa coisas para poder fugir da morte”.
Dali em diante, a caneta se fez mágica e autografou cada livro que me foi entregue. Um, dois, três... todos eles. A cada um, eu agradeci. É bom agradecer. Por trás de mim, meus irmãos, a minha mãe, meus amigos e o banner do Grupo Forte Gema, que me apoiou no lançamento pelo segundo ano consecutivo. A todos, meu muito obrigado.