Anoiteço...
Anoiteço mais uma vez... Olho para fora, o sol vermelho me diz adeus. Debruço-me na varanda, estendo o braço. Não dá para tocar esse sol.
Atrás do prédio, ele se enconde e ri de mim. Durante todo esse dia ele calcinou, queimou, castigou...
A terra seca reclama. Inclemente, ele ri.
Não é desta vez que ele fez evaporar lagos e rios para depois mandar vida de chuva.
Viro-lhe as costas, olho para dentro, onde a penumbra já se instala.
O frescor aqui é melhor...
Vou para o lado oposto do apartamento. Olho para a lua.