Os mistérios da paixão...
“Quando você menos espera, está apaixonado”. A frase, dita por um velho amigo, reencontrado após anos de ausência mútua, fez com que eu ficasse a refletir na noite fria e úmida tão comum nessa época do ano no litoral paranaense.
Fiquei a pensar, por quantas vezes eu já estive ou me senti apaixonado. Casamento não conta – foram quatro. Estou falando apenas na paixão. Aquela arrebatadora, pela qual você esquece até mesmo de quem está ao seu lado. Em alguns casos, até mesmo de sua vida afetiva. Sim, pois a paixão é avassaladora.
Apesar de muitas pessoas não rezarem da mesma cartilha, ouso afirmar que existe uma diferença brutal entre a paixão e o amor. Apesar de já ter escrito sobre o tema e recebido críticas a favor e contrárias, continua com o mesmo pensamento: paixão é paixão e amor é amor.
Durante a reflexão noturna, lembrei de vários amigos (as), que ao casarem disseram estar completamente apaixonados por seus parceiros e ainda hoje vivem momentos de doce amor. No entanto, existem outros casais, que também estavam ou diziam estar apaixonados e hoje estão separados. Motivo: a paixão acabou e a convivência não foi suficiente para mantê-los juntos. Para isso é preciso ter amor na relação.
Após muito pensar e avisado pela luminosidade matinal, confesso que ainda não cheguei à conclusão alguma. Ou melhor, cheguei sim: já me apaixonei muito. E, continuo apaixonado. Pela vida, pois enquanto estiver vivo, vou continuar apaixonado. E, me apaixonando!
Meu amigo tem razão: “Quando você menos espera, está apaixonado”.